A grandeza que os tempos exigem

A história do nosso país revela que, no passado, a incompetência política e o desrespeito pelas populações mantiveram-se até estar ultrapassado o ponto de ruptura. Veio, então, a guerra e a desordem pública porque a reacção dos povos ou do exército já não encontrava estruturas que permitissem evitar a brutalidade e o caos. Em pleno século XXI, é esse o risco que, uma vez mais, corremos, e, por isso, quanto mais nos apegamos à defesa da Democracia, mais necessário é dizer a verdade sobre o estado do país, pois só essa denúncia clara, juntamente com a recusa de colaborar na farsa de soluções falsas, pode permitir salvar as instituições da governação, corresponder ao interesse das comunidades e elevar o futuro de Portugal.

Nesse processo, o CHEGA pode e deve assumir a liderança do indispensável processo de renovação que o país tão necessita, continuando a pugnar por um Estado capaz de ir ao encontro dos cidadãos, valorizando o esforço de cada um para a vida colectiva, gerindo com rigor os recursos, mobilizando os portugueses para vencer o desanimo para o qual foram remetidos e assumindo, sem receio ou demagogias, uma política que garanta na prática, e não apenas nas proclamações, uma governação justa e a igualdade de oportunidades. A conjugação destes elementos faz e fará do CHEGA um partido do sistema, mas um que detém a capacidade para mudar esse sistema a partir de dentro, implementando as reformas que são essenciais para a nossa sobrevivência como nação. 

Porque o CHEGA sabe, melhor do que qualquer outro partido, que Democracia não significa apenas liberdade, mas também justiça social, já percebeu há muito que não é com lugares-comuns, como o oportunismo corrupto dos partidos da Esquerda ou com as cobardias de conveniência de certa Direita, que Portugal sairá do fundo do abismo. Certamente, há quem esteja empenhado em manter todo este estado de coisas, à custa do qual muita gente, armada em minoria privilegiada, faz fortuna. Efectivamente, são esses, para quem os portugueses apenas existem para lhes pagar as mordomias, os que mais esbracejam e mais querem alimentar os jogos de poder. Pudera! Têm muito a perder. Mas o caminho do país não pode mais passar por eles. 

Na realidade, nunca foi tão clara a linha política que separa o CHEGA de tudo o resto. De um lado (o deles), temos motivações partidárias, governação para a comunicação social, decisões para a família e amigos, redes de corrupção e o uso abusivo do poder para servir fins ideológicos. No outro lado (o nosso), temos a preocupação pelo Bem Comum, o anseio por uma governação de acordo com o critério de Interesse Nacional, a defesa do desenvolvimento equilibrado, dos serviços públicos e da iniciativa empresarial, a projecção digna de Portugal no mundo e, não menos importante, a concepção do poder, não como um fim em si mesmo, mas como meio para realizar um projecto proposto e popularmente aceite. Haverão dúvidas sobre quem melhor serve os portugueses?

Mas sabemos bem que o percurso não é, não tem sido e não será nada fácil. Pelo contrário, é (e continuará a ser) necessário esgrimir, separar águas e defender o que os outros decidem ignorar por medo ou pelo mais vil tacticismo. É contra que iremos vencer, exigindo que tudo se subordine à plena realização do ser humano, com total respeito pela sua personalidade, pois não há objectivo, nem ideologia, que alguma vez possa justificar o atentado à personalidade humana. 

Ao contrário do que outros partidos fazem, no CHEGA, sabemos bem que, muito mais importante do que a doutrinação, é levar as pessoas a pensar, a criticar e a discernir. Por isso é que, antes de tudo o mais, o partido é um difusor de ideias e um estimulante da crítica pessoal, que não renuncia à dimensão ética da política, recusando transformá-la num jogo de influências que apenas serve os medíocres. Contribuindo para que cada cidadão cresça na sua dimensão cívica, o CHEGA permanecerá vivo e activo, crescendo sem nos impormos, sendo aceites pelo mérito da nossa acção e correspondendo com trabalho à grandeza que os difíceis tempos de nós exigem.          

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