CHEGA de aldrabices e aldrabões…

E porque não devemos votar nas pessoas e sim nos partidos…

Nas eleições, principalmente locais, é comum os políticos usarem o velho chavão “nestas eleições contam as pessoas e não os partidos”, esta é apenas mais uma forma de ludibriar os eleitores. Nas eleições legislativas, europeias, regionais e autárquicas votamos sempre em listas partidárias previamente validadas pelos tribunais. As únicas eleições em que votamos em pessoas são as presidenciais e por isso se revestem de condicionalismos e procedimentos diferentes das já referidas anteriormente.
Em Mira, no distrito de Coimbra, assistimos, sentimos na pele, esta realidade. Quando Raúl Almeida concorreu pelo Partido Social Democrata em 2021 nunca disse que não iria cumprir o mandato até ao fim. Aliás como é costume neste concelho “pediu o voto” alegando sempre que nas eleições autárquicas votamos em pessoas e não em partidos. No entanto, como agora vemos, andou sempre mais preocupado com a sua sobrevivência profissional e política. Como a autarquia só a garantia até 2025 era importante procurar algo mais duradouro. Como o seu peso partidário era pequeno não conseguiu o almejado lugar elegível para as eleições legislativas e ser eleito deputado, nem conseguiu “entrar” na ABMG (Águas do Baixa Mondego e Gândara). Surgiu um lugar numa instituição social (Turismo do Centro de Portugal) ao qual se agarrou com “unhas e dentes” para garantir a sua sobrevivência profissional até 2028 prorrogável mais cinco anos. Parece que agora, no mais profundo calculismo político, e para garantir uma única lista ao Turismo do Centro de Portugal, procurou ajuda partidária nos seus amigos do Partido Social Democrata e Partido Socialista em troca de futuros favores ou lugares nas listas de ambos os partidos nas próximas eleições legislativas.
No que concerne ao município de Mira, obviamente que foi substituído pelo nome seguinte da lista partidária entregue no tribunal para as eleições autárquicas de 2021. Seria interessante saber qual seria o resultado nessas eleições se tivessem dito aos eleitores que estavam a votar numa pessoa, mas brevemente seria outra a assumir a presidência da autarquia, no mais profundo desprezo pelo eleitor.
Mais caricata é ainda a posição do principal partido da oposição Partido Socialista de Mira, a aludir com ilegalidades em todo este processo quando sabe de antemão que não existe nada de ilegal neste processo.
Mais grave, no entendimento do Partido CHEGA, é fazer uma festa de tomada de posse, convidando outros presidentes de câmara dos concelhos vizinhos do Partido Social Democrata e do Partido Socialista. Curiosamente não estiveram presentes os antigos presidentes da autarquia mirense de ambos os partidos, ou porque não foram convidados ou porque estão desagradados com toda esta situação. Esta festa acabou por depauperar ainda mais o município, que já está profundamente endividado. No entendimento do Partido CHEGA todo este processo poderia ser realizado numa simples reunião camarária. Os mirenses voltaram a ser ludibriados e enganados em todo este processo por estes dois partidos irmãos, Partido Social Democrata e Partido Socialista.
É bom recordar que em todas as eleições, exceto as presidências, votamos em listas partidárias. Votamos em ideologias, princípios e valores e não em pessoas. As eleições autárquicas não são exceção como esta situação vem demonstrar. O uso de chavões como “nestas eleições contam as pessoas e não os partidos” só favorece os partidos sistémicos Partido Socialista e Partido Social Democrata que estão a levar Portugal aos últimos lugares dos rankings sociais e económicos europeus, a promover a corrupção sistémica e a empobrecer a sociedade portuguesa.

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