Portugueses voltem atrás

Os socialistas lançaram mais um balão ao ar tal qual os meteorologistas fazem no dia a dia só para ver do tempo. Por vezes falham na previsão, mas o balão tem de ir para o ar. Desta vez os socialistas lançaram aquela ideia não inovadora mas perigosa, das forças armadas servidas por estrangeiros vindos do mundo à semelhança dos que dia após dia nos invadem não para trabalhar para nós, para o desenvolvimento nacional e sua recuperação, mas sim para as máfias organizadas que por aí proliferam sem controlo. 

Ainda há dias na Moita, procurando um caminho para a Base Aérea 6 onde decorria um evento dos “Bisontes”, extraordinária esquadra de HÉRCULES ao serviço da Força Aérea e dos portugueses e porque não encontrava indicações suficientes na estrada, parei junto a um grupo de pessoas que depois me apercebi serem orientais, para saber do caminho. Não sei se pelo carro, se pelo meu aspeto, mal eu abri a boca fugiram espavoridos em direção a uma habitação protegida dos olhares exteriores por um imenso portão. Porque seria? Não sei, mas por coisa boa não era de certeza.

Mas adiante, que esta disfarçada e cínica inquirição sobre estrangeiros nas forças armadas, faz-me sempre lembrar a Legião Estrangeira sobre a qual, tenho uma história de um velho instrutor que na lição sobre valores, contava assim. 

Nos tempos em que a Legião Estrangeira francesa ocupava táticos lugares pelo deserto argelino através de um sem número de fortes, um grupo de oficiais no meio da parada de um deles, conversava alegremente. Um legionário cruzou-se com o grupo e cumprimentou-os com uma garbosa continência. Ninguém lhe prestou a mínima atenção e o legionário seguiu no seu passo apressado. O comandante do forte assistindo à cena, gritou do alto das ameias –  “Legionário volta atrás. Se a tua continência não foi correspondida foi porque foi mal feita. Volta atrás e passa de novo pelos senhores oficiais. E torna a cumprimentá-los!” O legionário assim fez e desta vez recebeu do grupo a resposta à saudação. Não mais me esqueci da história e do exemplo que transmite.

Pois é, O QUE NA REALIDADE FAZ FALTA É UM COMANDANTE DO FORTE. Um presidente que lá em cima nas meias saiba chamar a atenção dos portugueses que todos os dias atravessam as paradas do seu trabalho e dão exemplos de esforço e dedicação. Portugueses que há meio século, cinquenta anos senhores(!), ouvem doutores em economia queixando-se da falta de produtividade como se a culpa dessa falta pudesse ser atribuída a quem trabalha e nunca aos partidos políticos que desenham errada estratégia há longos anos. Mais, porque entregar a resolução de um problema como o actual das forças armadas e seu ressuscitar ao abrigo das exigências NATO a um governo que contribuiu para a destruição e descrédito das mesmas?  O que na realidade faz falta é um comandante do forte que dê o exemplo e que chame a atenção dos partidos políticos que há 50 anos maldizem a ditadura como desculpa de um estado sempre atrasado. VOLTEM ATRÁS PORTUGUESES! Não vos parece mal andar sempre de mão estendida? Sem que os vossos dirigentes consigam descobrir como se sai desta subserviência e deste atraso? Quase sempre os últimos, sempre atrasados em relação aos mais desenvolvidos e até a outros recentemente chegados à UE, os portugueses devem voltar atrás! 

PORTUGAL TEM DE VOLTAR ATRÁS! Não discutir coisas e causas menores, não discutir ideologias nem as seguir por interesse. OS portugueses têm esse dever!

Das forças armadas que as FORÇAS ARMADAS FIZERAM, saíam homens preparados para a vida civil. Educados e garbosos, atenciosos e disciplinados. Conscientes e com valores que plantavam e transmitiam em seu redor. Respeitavam o seu semelhante e serviam o país adaptando-se facilmente ao correr dos dias. Formavam-se em quase tudo e FORMAVAM O PAÍS. Daqueles que outros querem trazer para as nossas fileiras, que nos trazem? Que confiança temos neles? Por quem lutarão na verdade? Por Portugal e pelos nossos interesses não será de certeza!

Artigos do mesmo autor

Antigamente as sentinelas perguntavam “quem vem lá” a todos os que se aproximavam do seu espaço ou do seu território. Perguntavam eles a quem vinha pela identificação e se amigo, a troca da senha e da contrassenha permitia a autorização para o avanço ao reconhecimento. Se os que se aproximavam eram desconhecidos, eram múltiplos e […]

Ouvi estupefacto o podcast do Expresso com Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho e confesso a minha surpresa com os factos divulgados pelo convidado, Vasco Lourenço. Eu que nada sou e que até há bem pouco tempo poucos sabiam da minha existência, estava ao portão de armas da B.A.1 na Granja do Marquês em Sintra. […]

António Serra Carcajeira António tem uma banca de jornais lá por Alcácer do Sal, terra de histórias sem fim e de gente pacífica e hospitaleira. O local onde há muito trabalha torna ainda mais conhecido este homem, ensaiador do rancho folclórico de Alcácer, homem íntegro, de bom trato e amigo do seu amigo. Agora e […]

A Santa Casa da Misericórdia tem mais de cinco séculos de existência e tem como missão apoiar os desfavorecidos e defender uma sociedade mais solidária. Pois! Diria a irmã do inigualável Raul Solnado que gostava muito de dizer “coisas.” Em 2017, Santana Lopes abandonou a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o PS sempre atento […]

O DIA EM QUE NASCI, MOURA E PEREÇA NÃO O QUEIRA JAMAIS O TEMPO DAR NÃO TORNE MAIS AO MUNDO E, SE TORNAR, ECLIPSE NESSE PASSO O SOL PADEÇA. Esta é a primeira estrofe do soneto de Luís Vaz de Camões que permite aos estudiosos e a investigadores ter, em conformidade com os dados e […]