Depois de 120 minutos sem golos, o guarda-redes Diogo Costa, jogador do FC Porto, manteve também a baliza lusa inviolável na ‘lotaria’, ao parar os pontapés de Josip Ilicic, Jure Balkovec e Benjamin Verbic.
Pelo contrário, Cristiano Ronaldo, que falhara um castigo máximo já no prolongamento, aos 105 minutos, Bruno Fernandes e Bernardo Silva faturaram para Portugal, já nem sendo necessários os dois últimos penáltis de cada equipa.
Portugal replicou, assim, os triunfos face à Inglaterra, nos quartos de final do Europeu de 2004 (6-5, após 2-2) e do Mundial de 2006 (3-1, após 0-0), e frente à Polónia, também nos ‘quartos’, do Europeu de 2016 (5-3, após 1-1).
A única derrota lusa em penáltis em Europeus e Mundiais continua, assim, a ser a das meias-finais do Europeu de 2012, face à Espanha, que venceu por 4-2, depois de 120 minutos sem golos.
Portugal ainda perdeu outra vez numa fase final de uma competição internacional, no caso a Taça das Confederações de 2017, com o Chile, pelos 3-0 agora aplicados à Eslovénia: Cláudio Bravo ‘parou’ Ricardo Quaresma, João Moutinho e Nani.
Em fases finais de grandes competições, o primeiro desempate por penáltis de Portugal aconteceu em solo luso, no Euro2004, nos ‘quartos’ com a Inglaterra, disputados no Estádio da Luz.
Depois de um intenso jogo que acabou empatado a dois, Ricardo foi o ‘herói’ no desempate por penáltis, ao parar sem luvas, com 5-5, o sétimo penálti dos ingleses, de Darius Vassell, e marcar ele próprio o 6-5.
O desempate começou com David Beckham a atirar por cima da barra, algo que Rui Costa ‘imitou’, com 2-2, e teve outro momento muito alto quando, com 4-5, e Portugal a poder perder, Hélder Postiga fez, inacreditavelmente, um ‘Panenka’ a David James.
Dois anos volvidos, de novo nos ‘quartos’, e uma vez mais com a Inglaterra, mas agora no Mundial de 2016, na Alemanha, o ‘filme’ repetiu-se, com Portugal a vencer e Ricardo a ser o ‘herói’.
Pela primeira vez num desempate por penáltis num Mundial, um guarda-redes defendeu três, os de Frank Lampard, Steven Gerrard e Jamie Carragher – só Owen Hargreves marcou -, com Portugal a vencer por 3-1, selado por Cristiano Ronaldo.
No Europeu de 2012, disputado na Polónia e na Ucrânia, Portugal não foi, pela única vez, feliz num desempate por penáltis, que até começou da melhor forma para as cores lusas, face aos detentores dos títulos Europeu e Mundial, com Rui Patrício a defender o remate de Xabi Alonso.
Mas, depois, João Moutinho também foi parado por Casillas e Bruno Alves atirou ao ‘ferro’, cabendo a Cesc Fàbregas o 4-2 definitivo, que lançou a Espanha para a revalidação do título, consumada com um 4-0 à Itália na final.
Quatro anos depois, em França, no Euro2016, Portugal voltou aos triunfos nos penáltis, em mais um duelo dos quartos de final, desta vez com a Polónia, e depois de um jogo que chegou ao final dos 120 minutos empatado a um golo.
A vitória lusa foi por 5-3, selado por Ricardo Quaresma, depois de uma desempate que Rui Patrício desequilibrou, ao parar o remate de Jakub Blaszczykowski quando Portugal vencia por 4-3.
Desta vez, em Frankfurt, na Alemanha, Diogo Costa foi o ‘herói’ do apuramento luso nos penáltis, que vale um lugar nos quartos de final, na sexta-feira, frente à França, em Hamburgo, a partir das 21:00 locais (20:00 em Lisboa).