Guimarães, cidade-mãe de Portugal, cidade a partir da qual nasceu uma nação com quase 900 anos de uma recheada história de conquistas e de vitórias, encontra-se, há muitos anos, refém de fracas políticas que atrasam o seu crescimento relativamente a cidades vizinhas. Uma cidade com prestigiada história, que deveria ter grande relevância no plano nacional, é, hoje, muitas das vezes esquecida e palco de políticas com pouca ou nenhuma visão.
Por isso mesmo, é fundamental reverter o quanto antes esta situação e, para isso, é necessário implementar urgentemente medidas de crescimento sustentado e com uma visão de futuro, de modo a dignificarmos Guimarães, sempre em prol da melhoria de vida de todos os vimaranenses. Na minha opinião, são já demasiado visíveis os problemas no dia a dia de qualquer vimaranense. Com isto não digo que foi tudo mal feito ao longo destes anos, mas é preciso muito mais para uma cidade que deveria ter um peso decisivo no nosso país.
Primeiramente, um dos grandes problemas da nossa cidade, se não mesmo o maior, é a mobilidade, dado o trânsito que se faz sentir diariamente, sendo que é praticamente impossível circular, principalmente em horas de ponta, em certas zonas da cidade. Exemplo disso são visíveis na zona do centro histórico, muito por culpa do fraco acesso a esta zona e das poucas zonas de estacionamento, melhorada recentemente com o parque de estacionamento Camões, mas não suficiente. Mas não só, também na avenida Dom João IV verificámos uma enorme dificuldade de mobilidade, assim como na área próxima à rotunda de Fermentões.
Mas o grande problema relativamente a este assunto todos os vimaranenses conhecem e encontra-se na variante que liga Guimarães ao nó da A11/A7, via rotunda de Silvares. Neste local, foram gastos mais de 3 milhões de euros, há relativamente poucos anos, pela Câmara Municipal de Guimarães, que pouco ou nada serviram para melhorar as vias de acesso e o problema não ficou perto de estar resolvido. Para resolver estes problemas são necessários projetos realistas, mas com visão. É necessário investir em soluções que realmente melhorem a qualidade de vida dos vimaranenses, ao invés de se canalizarem esses fundos para assuntos que pouco interessam.
Outro dos grandes problemas da nossa cidade é a falta de espaços noturnos e de locais que atraiam os jovens. Guimarães é, hoje, uma cidade quase sem vida, que, excetuando a altura do verão, é mais uma cidade-fantasma, onde apenas podemos presenciar grupos de turistas que se encontram de passagem. A nível de espaços noturnos, bares e discotecas, Guimarães tem fraca presença, não atraindo, deste modo, jovens, que preferem deslocar-se a cidades próximas, como Braga ou Porto. Mas não precisamos de ir tão longe, podemos já observar que em concelhos vizinhos, com uma dimensão inferior à nossa, existem maiores atratividades e festividades, como é o caso de Vizela ou Fafe. É fundamental criar mais espaços onde as pessoas se possam divertir, é crucial criar mais festas, de modo a atrair juventude ao nosso concelho.
Temos uma universidade com milhares de jovens com poucas opções de diversão, sendo que ficamos resumidos a um pequeno bar académico e a um espaço com poucos bares onde os universitários se concentram, mas que não é suficiente nem chamativo. No que diz respeito a festas, a câmara decidiu também acabar com a noite branca, uma das festividades que mais pessoas trazia à nossa cidade. É necessário trazê-la de volta e criar novas festas, de modo a revitalizar a nossa cidade. Isto traria também inúmeras vantagens no que diz respeito ao crescimento do comércio local, esse que tem lutado como pode para se manter, muitos destes espaços não conseguindo e tendo que fechar portas.
Por último, mas não menos importante, começa agora a chegar a Guimarães um flagelo que tem atingido muitas localidades de Portugal, que é a imigração e todas as complicações que isso acarreta. Nos últimos dias, tivemos conhecimento de cerca de duas centenas de imigrantes indostânicos que utilizaram o campo de futebol junto à pastelaria lugarinho para celebrar um evento referente ao ramadão, assim como já o haviam feito o ano passado junto ao castelo.
Ora, isto, na minha opinião é inaceitável e é claramente uma tentativa de ocupação e uma forma de marcar uma posição. Espaços públicos não devem nem podem ser utilizados para celebrações religiosas, muito menos de culturas que desprezam as mulheres e que odeiam a nossa cultura.
Além de centenas de imigrantes de origem indostânica, também números incontáveis de brasileiros e de africanos vivem na nossa cidade, sendo que, ainda há poucas semanas, encheram o Largo do Juncal naquilo que foi uma festa de música afro promovida pela Câmara Municipal. Na minha opinião, apenas temos de promover festas tipicamente portuguesas, seja na nossa cidade ou em todo o Portugal, tem de imperar a nossa cultura e as nossas tradições. Queremos uma cidade e um país com identidade e a honrar os nossos antepassados.
A acrescentar a esta invasão e a esta tentativa de substituição populacional que temos sofrido e que só tende a piorar devido a todas estas políticas traidoras, verificámos também que Guimarães é um dos concelhos do país que mais tem perdido os seus jovens, sendo o que mais perde população jovem entre os 15 e os 24 anos dentro do seu quadrilátero urbano. Por isso mesmo, temos que dar incentivos aos jovens para se fixarem cá e darmos também incentivos no que toca à natalidade para que cada vez mais vimaranenses tenham as condições necessárias para poderem ter filhos. Queremos uma cidade constituída por vimaranenses, assim como queremos Portugal constituído por verdadeiros portugueses.
Devido a todos estes motivos e muitos mais, é fundamental mudar de ares também na nossa cidade e dar uma oportunidade a quem nunca lá esteve. O partido socialista está ao comando de Guimarães há já 36 anos e aquilo que vemos é uma cidade sem visão de futuro e a ser ultrapassada a largos passos por cidades vizinhas. Não é hora de parar no tempo, queremos uma cidade desenvolvida, que dê a melhor qualidade de vida possível aos vimaranenses e que seja preponderante a nível nacional, com um papel decisivo, digno de toda esta tão longa e bonita história!