No culture no future

A permanente desvalorização do que é nosso, em favorecimento muitas vezes do que vem de fora é preocupante. 

Se não formos nós a apoiar a nossa cultura, quem o fará? O Governo? Claro que não.

Os nossos políticos nunca se interessaram com a cultura em Portugal, a não ser em beneficio próprio, em alturas de campanhas eleitorais, comícios, etc, beneficiando como sempre os “artistas do sistema”.

É inacreditável, a cultura em Portugal não merecer nem meio por cento do Orçamento do Estado. E porquê?  A cultura como ferramenta, torna-nos mais ativos, a pensar pela nossa cabeça, mais interventivos, mais influentes, mais atuais e sempre mais próximos do povo e isso não convém. Além disso, ser profissional da cultura em Portugal é, hoje em dia, trabalhar de forma precária, intermitente e até fora da lei. Os recibos verdes tornaram-se regra e os contratos são uma raridade. Há pouco trabalho e este é mal remunerado. Os custos sociais são uma obrigação, por vezes insustentável, no orçamento dos que escolheram profissões ligadas às artes. 

Temos de acabar com este complexo de inferioridade com a nossa cultura e sim, valorizar, estimar, apoiar, pois temos grandes músicos, dançarinos, atores, escritores, etc.

É triste ser artista em Portugal e precisar de ir para fora para ganhar fama, para depois podermos ser valorizados pelos nossos no nosso próprio pais. 

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