PSP recebeu em janeiro 260 denúncias relativas à burla “Olá pai, olá mãe”

A PSP recebeu em janeiro 260 denúncias relativas à burla "Olá pai, olá mãe", que acontece por mensagem escrita, sobretudo através da aplicação 'WhatsApp', e registou mais de 360 crimes de burla informática e comunicações.

© D.R.

Os dados constam de um comunicado divulgado hoje pela PSP, a propósito da operação de prevenção “Internet Mais Segura”, que decorre até dia 09 e pretende alertar para alguns dos riscos associados à utilização das novas tecnologias.

A nota dá conta de um aumento destes crimes nos últimos anos, sobretudo a partir da pandemia, indicando que em 2023 a PSP registou 12.238 crimes de burla informática e comunicações, mais 10% do que no ano anterior, e deteve 32 suspeitos.

No ano anterior à pandemia (2019) tinham sido registados 6.758 crimes do género e detidos dois suspeitos, valor que disparou para 8.760 (+29%) logo em 2020, ano em que foram detidos quatro suspeitos.

Segundo os dados hoje divulgados, no ano passado foram identificados 434 autores deste tipo de crimes e detidos 32 suspeitos.

No que diz respeito à burla “Olá pai, olá mãe”, que acontece através de mensagem escrita em aplicações de comunicação (maioritariamente WhatsApp), a PSP refere que no ano passado foram registadas 4.389 denúncias e, no primeiro mês deste ano, houve 260 (dados provisórios).

A PSP lembra que, apesar de os idosos continuarem a ser as principais vítimas dos vários tipos de burlas, nos últimos anos estes crimes têm atingido outro tipo de vítimas.

Na nota, a PSP alerta que os casos da burla “Olá pai, olá mãe” têm vindo a aumentar e explica que a melhor forma de a pessoa se certificar é ligar para o número de origem da mensagem, uma vez que os burlões não atendem e acabam por optar apenas pela comunicação através de mensagens escritas.

Para a prática deste crime, através de mensagem escrita maioritariamente através de ‘WhatsApp’ remetida de um número de contacto identificável, os suspeitos apresentam-se como familiar próximo (filho) da potencial vítima, argumentando que o telemóvel avariou ou se perdeu, que o contacto telefónico passa a ser aquele que estão a usar até comprar novo equipamento e pedem dinheiro (via transferência bancária ou envio por aplicação) para esta compra, ou reparação, considerando-a urgente.

Habitualmente, recorda a PSP, utilizam fotografia do familiar da vítima pela qual se fazem passar, para credibilizar a origem do contacto.

Os registos desta burla ocorrem “por todo o território nacional, com especial incidência nas zonas urbanas de maior densidade populacional”, refere a PSP, que destaca a importância de despistar a burla com contacto telefónico.

Quando a vítima tenta o contacto através de chamada de voz, a mesma não é atendida e é remetida mensagem escrita com uma justificação e incentivando o contacto só por mensagem escrita.

A PSP aconselha ainda quem receba este tipo de contactos a ligar sempre para o número original do familiar em causa para confirmar a informação, reportando a tentativa de burla às autoridades.

Recomenda que não se faça qualquer transferência e que se despiste estas tentativas de burla com perguntas simples que o familiar saiba responder, como quais as datas de aniversário de ambos, o curso e a universidade que frequentam ou frequentaram ou qual a matrícula do carro da família.

Últimas do País

A ULS Amadora-Sintra abriu um inquérito interno ao caso divulgado pela Polícia Judiciária de um alegado abuso sexual de uma utente no Hospital Fernando Fonseca, envolvendo dois internados, anunciou hoje a instituição.
As infeções respiratórias graves continuam a aumentar em Portugal, sobretudo em idosos e crianças, com aumento de casos de gripe nos cuidados intensivos na semana passada e excesso de mortalidade por todas as causas, revelou hoje o INSA.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve 19 pessoas que conduziam com excesso de álcool no sangue, durante o primeiro dia da operação Natal e Ano Novo 2025/2026, que arrancou na quinta-feira e e que já regista um morto.
O bacalhau deverá ficar mais caro já no próximo ano, face à redução de quotas no Mar de Barents e ao contexto internacional, segundo as estimativas da Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB).
A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve 84 pessoas no primeiro dia da operação Polícia Sempre Presente – Festas em Segurança 2025-2026, entre elas 15 por condução em estado de embriaguez e 12 por conduzirem sem carta.
Quatro serviços de urgência hospitalares de Ginecologia e Obstetrícia vão estar encerrados no sábado, subindo para cinco no domingo, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde.
O CHEGA elegeu nas últimas eleições autárquicas 13 presidentes de junta. Se um dos temas da campanha foi a ‘imigração’, a ‘passagem de atestados de residência sem qualquer controlo’ foi o tema e uma das grandes bandeiras dos autarcas do CHEGA.
Felicidade Vital, deputada do CHEGA, acusa o Governo de promover um verdadeiro retrocesso nos direitos das mulheres através do novo pacote laboral. A deputada alerta que o diploma fragiliza vínculos, alarga horários e facilita despedimentos num mercado onde “as mulheres já concentram os salários mais baixos e os contratos mais instáveis”, classificando a reforma como um ataque direto à maternidade, à conciliação entre vida profissional e familiar e à autonomia feminina.
A Linha SNS 24 atendeu desde o início de dezembro cerca de 307 mil chamadas, um aumento de 17% face ao mesmo período do ano passado, e o tempo médio de espera foi de 10 minutos.
A estrutura de missão da Agência para a Integração, Migração e Asilo (AIMA), criada para regularizar processos em atraso, termina no final do ano com um saldo positivo de 62 milhões de euros.