Trabalhadores da administração local exigem medidas de prevenção contra o calor

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) alertou hoje para os riscos que os trabalhadores que prestam serviço na rua correm por causa do calor e exigiu medidas de prevenção que salvaguardem a sua saúde.

© DR

Em comunicado, o STAL diz que a situação tem-se agravado nos últimos anos, com períodos de calor extremo cada vez mais frequentes e prolongados, o que tem graves impactos na saúde, “dificultando ainda mais o trabalho e agravando os riscos para a segurança de milhares de trabalhadores”.

O Sindicato alerta que os trabalhadores da Administração Local – composta por autarquias, serviços e empresas públicas e privadas, e pela multiplicidade de serviços que assegura – que exercem a sua atividade no exterior, em estaleiros ou em armazéns, entre outras instalações, estão especialmente suscetíveis à exposição a temperaturas elevadas ou a exposição solar direta.

Nessa medida, o STAL “lança o repto às autarquias e às empresas municipais ou concessionárias que, em articulação com os Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), encontrem soluções organizativas e medidas de proteção coletiva e individual que salvaguardem a saúde dos trabalhadores”.

Por isso, entre outras medidas que se verifiquem necessárias, o sindicato pede que os empregadores estabeleçam planos de prevenção de calor, podendo ter por base os alertas amarelos emitidos pela Proteção Civil.

Pedem igualmente que seja disponibilizada água fresca potável no local de trabalho, a salvaguarda do funcionamento de equipamentos de climatização e a limitação da exposição à luz solar direta

Precaver áreas de descanso climatizadas ou sombreadas, adaptação de processos de trabalho, apenas permitir trabalho em viaturas climatizadas nas horas de maior calor, ritmos de trabalho mais lentos e períodos de recuperação maiores e a inclusão de protetor solar na lista de Equipamentos de Proteção Individual são outras medidas exigidas.

O STAL lembra que o “risco térmico, causado pela exposição a temperaturas elevadas, é sobejamente conhecido e tem graves consequências: insolações, exaustão, ruturas musculares, desmaios, cãibras, erupções cutâneas e inchaços”.

O sindicato refere que tem alertado diversas entidades para esta situação.

“A lei não estabelece uma temperatura acima da qual os trabalhadores têm de parar de trabalhar, mas existem normas e orientações que têm de ser respeitadas e os empregadores estão obrigados a zelar pela saúde dos trabalhadores ao seu serviço, não os podendo expor a riscos profissionais, como o calor, tendo mesmo a obrigação de organizar os serviços e adotar medidas que promovam a Segurança e Saúde no Trabalho”, realça o STAL.

Últimas do País

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) criou um grupo de trabalho para acompanhar e acelerar a tramitação da 'Operação Marquês'" em resposta "ao intenso acompanhamento público" e ao "impacto que a demora processual pode ter na confiança dos cidadãos".
O bastonário dos psicólogos lamenta, numa carta ao Presidente da República, a "atmosfera de injustiça" a que estão sujeitos centenas de profissionais que trabalham no SNS por estarem com a carreira estagnada há mais de 20 anos.
Os hospitais públicos podem, a partir de quinta-feira, começar a definir a lista de doentes que ultrapassaram o Tempo Máximo de Resposta Garantido (TMRG) nas cirurgias não urgentes e que conseguem operar até agosto, segundo uma portaria hoje publicada.
A Polícia Judiciária (PJ) deu hoje cumprimento a vários mandados de busca no concelho de Loures, distrito de Lisboa, envolvendo “vários suspeitos” do incêndio num autocarro em Santo António dos Cavaleiros que em outubro feriu gravemente o motorista.
Os administradores hospitalares alertaram hoje que a procura dos serviços de saúde no inverno pode obrigar os hospitais a desviar meios para acudir a doentes urgentes, impedindo-os de assumir de forma estanque uma redução das cirurgias não urgentes.
A Pinker, nova plataforma TVDE que irá ficar operacional nos próximos dias, pretende dar segurança às mulheres quando pedem um veículo, que será conduzido exclusivamente por mulheres, disse à Lusa a fundadora do projeto Mónica Faneco.
A família informou o Consulado-Geral do Brasil em Lisboa para considerar o cidadão “em situação de perigo para si e para terceiros.”
Mais de 75.000 crimes de violência doméstica foram registados em quatro anos pela PSP, que propôs quase 60.000 medidas de coação a agressores e sinalizou cerca de 46.000 crianças junto das comissões de proteção.
Cerca de 63 mil casos de herpes zóster foram diagnosticados num ano, uma doença que leva ao internamento de uma pessoa a cada dois dias e que custa anualmente ao país mais de 10 milhões de euros.
Centenas de bombeiros sapadores de várias regiões do país estão concentrados em Lisboa para exigir a valorização da carreira, que dizem não ser revista há mais de 20 anos, e o aumento de subsídios como o de risco.