A operação visou também a execução de 43 mandados de busca domiciliárias e não domiciliárias, adianta um comunicado da PJ.
Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de participação económica em negócio, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, prevaricação e financiamento proibido de partidos políticos.
“Os sete detidos são autarcas, empresários, funcionários públicos, titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos”, especifica a PJ.
Duas das buscas foram efetuadas em sedes de municípios e quatro em secretarias regionais.
Segundo a mesma fonte, esta investigação foi desencadeada em 2020 pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção e pelo Departamento de Investigação Criminal da Madeira e incide “sobre condutas consideradas como criminalidade altamente organizada”.
Fonte judicial indicou também à Lusa que esta investigação está relacionada com as buscas e detenções efetuadas no início do ano, na ilha da Madeira, e que envolveram entre os suspeitos o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e o então autarca do Funchal, Pedro Calado.
Por sua vez, fonte da Procuradoria-geral da República (PGR) disse à Lusa que se “confirma apenas a realização de buscas relacionadas com contratação pública”.
As buscas realizam-se no âmbito de um inquérito que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Lisboa e está sob segredo de justiça, adiantou a PGR numa resposta escrita enviada à agência Lusa.
A operação denomina-se “AB INITIO” e mobilizou 110 elementos da PJ, quatro procuradores do Ministério Público, dois juízes do Tribunal Judicial do Funchal e seis elementos do Núcleo de Assessoria Técnica, indica a mesma informação da Polícia Judiciária.