XERIFES, ATENTADOS E DEPORTAÇÕES: O TRISTE CASO DE LINO LOUREIRO

No passado dia 22 de Fevereiro de 2025, volvidos apenas nove dias do atropelamento de dezenas pessoas num comício de um sindicato de trabalhadores em Munique, por parte de um cidadão proveniente do Afeganistão em 2016, um argelino feriu cinco polícias — dois deles com gravidade, e atingiu fatalmente à facada um português de 69 anos em Mulhouse, França.

Lino Loureiro, canalizador na reforma, casado, com um filho, estava emigrado desde 1992, e não resistiu aos ferimentos de arma branca, após ter tentado ajudar os profissionais da polícia municipal da cidade alsaciana.

“Farhad N.”, conhecido das autoridades germânicas por roubo e crimes relacionados com drogas, era requerente de asilo com “deportação congelada”; o suspeito magrebino está registado no ficheiro francês de tratamento das indicações para a prevenção da radicalização para fins terroristas, está sujeito a uma obrigação de saída do país (OQTF) e aguarda várias decisões judiciais.

As reacções à tragédia não tardaram: Montenegro elogiou a “valentia” do malogrado luso, Marcelo condenou o “ataque de ódio” e Macron deu as “condolências” à família, admitindo um acto de “terrorismo islâmico” (Thank you, Captain Obvious!); Scholz ameaçou o afegão com “deportação imediata”, a ministra do Interior alemã Nancy Faeser declarou a necessidade de um “Estado de direito firme”.

Um «blá, blá, blá» burocrático a que já nos habituámos e em que nada se traduz, consubstanciando a total inoperância das falidas democracias liberais por todo o Ocidente, incapazes de assegurar a segurança dos seus autóctones, progressivamente diluídos entre incivilizados, no seio de enfermas «sociedades Benetton» sem hipótese de são funcionamento.

Insolvência institucional e moral, cujos meios de comunicação social da Europa negam, mantendo o topete em vilipendiar as ordens executivas e as deportações do «maluquinho» Trump ou a vitória da «perigosa extrema-direita» anti-imigração alemã, onde o omnipresente Führer terá reencarnado no corpo da companheira de uma cingalesa e amiga do «odiado» Musk, Alice Weidel.

Insolvência, cujo poder político-judicial instalado nos diversos países da União Europeia, se recusa a declarar, recorrendo a artifícios vários, desde anulação de eleições pelos tribunais, como na Roménia; a «linhas vermelhas» e «cordões sanitários» a partidos vencedores de eleições legislativas, como na Holanda ou na Áustria, ou «prestes a», como em França ou na Alemanha.

Dessa forma tal como elencou J.D. Vance em Munique, a maior ameaça à civilização europeia não é a Rússia, a China, a América ou mesmo o Islão, mas sim a perda de “valores fundamentais e a censura à liberdade de expressão”, assim como o desprezo pela vontade dos seus povos, pois como enalteceu o vice-presidente norte-americano, “nenhum eleitor deste continente foi às urnas para abrir as comportas a milhões de imigrantes sem controlo”.

Vance falou num novo tempo e no “novo Xerife de Washington”. Se a Europa quer sobreviver, precisa também dos seus próprios xerifes. Xerifes e deportações em massa são a última vã esperança de tirar o Velho Continente do caos social e irrelevância política, e salvar os nossos bons povos de finais trágicos e evitáveis, como o do novo Herói português Lino Loureiro.

Paz à sua alma!

P.S.: No decurso desta trama, tivemos ainda de atentar aos televisionados anseios dum conhecido figurão da restauração lisboeta, a pedir a importação de mais extra-europeus «baratuchos» para engrossar as fileiras de nepaleses do seu estabelecimento. Isto num país que já conta com mais de um milhão e meio de imigrantes (15% da população de Portugal)… haja Vergonha!    

Artigos do mesmo autor

A (re) eleição de Donald John Trump na madrugada de 6 de Novembro, simboliza o triunfo do senso comum e de uma certa realidade da vida, diante de uma parafernália de artifícios de engenharia social e jurídica, ardilosamente constituídos em nome de um “progresso” ilimitado e indefinido, pois amoral, consubstanciado em tendências como a cultura […]

Fim de Império Fim-de-tarde… / Fim-de-Vida… / Fim-de-dia… / Fim-d’ Império… ! 1 Dizia Pessoa que “há três espécies de Portugal, dentro do mesmo Portugal; ou, se se preferir, há três espécies de português”: o típico, o “português que não o é” – estrangeirado ou “parisiense” e o imperial.2 Fruto de artífices da Luanda portuguesa […]

Num tempo em que a luz da Europa se vai desvanecendo e as civilizações mais crentes de si ganham terreno, Portugal, milenar Estado-Nação católico, mais do que um grave problema económico, enfrenta uma crise do espírito e do carácter, na última tarde de um processo niilista de desistência colectiva do que fomos e do que […]

Quando conheci o partido CHEGA em 2019, era notória a falta de jovens em seu redor. Estava mais próximo da tal agremiação que o inimigo, esquerda e liberais, definia então como a «direita dos velhos rezingões dos cafés». Brotado espontaneamente da sociedade e corporizando um amplo movimento de protesto, o CHEGA não tinha qualquer implementação […]

O eurodeputado polaco Dominik Tarczyński, conhecido pelos seus incisivos discursos contra a política migratória da União Europeia, apresentou no Parlamento Europeu em Abril, a Polónia, terra de João Paulo II, Copérnico e Chopin, como o futuro da Europa: um país seguro e economicamente saudável, onde ainda se mantem a chama da identidade nacional e da […]