A nova proposta da Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, com o nome significativo de União das Poupanças e Investimentos da UE, pretende mobilizar cerca de 10 mil milhões de euros de poupanças privadas para setores como a Defesa, a transição verde e a tecnologia.
A Comissão Europeia defende que esta integração financeira é essencial para a competitividade face aos EUA e à China, estimando que a UE perde 470 mil milhões de euros por ano devido a esta falha.
Acreditamos numa Europa forte, mas desconfiamos desta iniciativa pela sua natureza centralizadora e pelo potencial de colocar em causa a liberdade financeira dos cidadãos, pressionando-os a investir em prioridades políticas que nem todos apoiamos.
Quem nos garante que os cidadãos, e não as elites, controlam o destino das suas poupanças? Sem transparência, corremos o risco de uma concentração de poder perigosa, com Von der Leyen a decidir por nós, minando a liberdade: o que queremos para o Ambiente; quanto gastamos em Defesa e contra quem; e agora onde colocamos o nosso dinheiro, fruto do nosso trabalho.
Vamos estar atentos e vigilantes aqui em Bruxelas e em Estrasburgo e vamos fazer as perguntas certas à Comissão Europeia. Os portugueses exigem respostas claras.