Chefes de Urgência do hospital de Loures demitem-se em bloco

© D.R.

Chefes de equipa do Serviço de Urgência Geral do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, apresentaram a sua demissão devido à falta de condições, que dizem pôr em causa a segurança dos doentes e dos profissionais.

Segundo a carta de demissão assinada por 11 chefes de equipa, a que a Lusa teve acesso, os profissionais alertam para a degradação do serviço, lembrando que têm sido lançados vários avisos sobre a situação que se vive nos últimos tempos.

Na carta, os profissionais sublinham “a escassez de recursos humanos” que leva a que o hospital viva “os piores momentos da sua história”, não conseguindo garantir “a prestação de cuidados de excelência ao doente”.

“Os médicos desta casa (os que vão ficando) têm feito diversos apelos às suas chefias denunciando a situação grave, perigosa e desumana que vivemos hoje em dia”, referem os diretores na carta assinada a 26 de fevereiro.

“Os últimos meses têm sido marcados pela saída recorrente de especialistas do Serviço de Medicina Interna do Internamento e da Equipa Dedicada do Serviço de Urgência Geral”, referem na carta de demissão, onde sublinham que esta redução não tem sido acompanhada por uma diminuição de doentes.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cinha, sublinhou que as equipas de urgência estão “depauperadas”.

“No sábado passado estava apenas um especialista para uma urgência onde se encontravam 110 doentes que não podem ir para casa”.

“Soubemos hoje que 11 chefes de equipa da Urgência apresentaram a sua demissão e perante isto é essencial que o senhor ministro crie condições para que os médicos fiquem no SNS em vez de andar a fazer declarações politicas de amor ao SNS”, criticou Roque da Cunha.

Últimas do País

Um homem é suspeito de ter matado hoje uma criança de 13 anos, morrendo de seguida numa explosão alegadamente provocada por si numa habitação em Casais, Tomar, num caso de suposta violência doméstica, informou a GNR.
O tribunal arbitral decretou hoje serviços mínimos a assegurar durante a greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies, antiga Groundforce, marcada para 31 de dezembro e 1 de janeiro, nos aeroportos nacionais.
O Ministério da Administração Interna (MAI) disse hoje que foi registada uma diminuição das filas e do tempo de espera no aeroporto de Lisboa e que todos os postos têm agentes da PSP em permanência.
Quatro urgências de Ginecologia e Obstetrícia estarão fechadas na quarta-feira, número que sobe para cinco no Dia de Natal e seis na sexta-feira, dia de tolerância de ponto na administração pública, segundo o Portal do SNS.
Em 2026, será possível observar em Portugal em agosto um eclipse solar total, um fenómeno raro, que embora parcial em grande parte do país “terá bastante importância”, disse hoje o astrónomo Rui Jorge Agostinho.
Autoridade da Concorrência (AdC) está a investigar um alegado abuso de posição dominante no mercado nacional dos portais de anúncios imobiliários online, “envolvendo o principal grupo empresarial a operar neste segmento em Portugal”, indicou esta terça-feira em comunicado.
Portugal soma, desde o início do ano, 52 focos de gripe das aves, após ter sido registado um novo caso em Aveiro, indicou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
O Ministério Público vedou o acesso da Comunicação Social à averiguação preventiva que visou a empresa Spinumviva e o primeiro-ministro, alegando que o sigilo absoluto a que está sujeita só cessaria se tivesse sido aberto um inquérito.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou hoje para os cuidados a ter por causa do frio, lembrando que a descida das temperaturas aumenta o risco de agravamento de doenças crónicas e pedindo à população que se proteja.
Um total de 332 pessoas com excesso de álcool e 120 sem habilitação para conduzir foram detidas em cinco dias pela PSP e GNR, no quadro das operações de vigilância rodoviária para o Natal e Ano Novo.