Lavrov anuncia investigação sobre envolvimento ocidental no motim Wagner

© FACEBOOK | Sergey Lavrov

O chefe da diplomacia russa afirmou ao canal televisivo russo RT que a Rússia possui “estruturas com esse fim” que se dedicam a essa tarefa.

Lavrov assegurou ainda que o grupo paramilitar vai continuar a operar no Mali e na República Centro Africana, ao assinalar que a rebelião dessa organização na Rússia não afetará a relação entre Moscovo e os seus amigos.

Os membros do Wagner trabalham no Mali e na República Centro Africana “como instrutores e este trabalho vai certamente prosseguir”, declarou.

O grupo Wagner possui mercenários em vários países de África, um fator que suscitou suspeitas sobre o envolvimento de Moscovo em vários conflitos no continente.

No sábado, o chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma “ameaça mortal” ao Estado russo e uma traição, garantindo que não iria permitir o início de uma “guerra civil”.

Ao fim do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

Últimas de Política Internacional

A NATO vai reforçar a vigilância e segurança no flanco leste da Aliança Atlântica, depois do incidente em que drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, anunciou hoje a organização.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, homenageou hoje, numa cerimónia solene no Pentágono, as vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington, que causaram cerca de 3.000 mortos.
O Presidente finlandês, Alexander Stubb, acusou hoje a Hungria e a Eslováquia de alimentarem a invasão da Ucrânia com as compras de recursos fósseis russos, durante uma visita à Ucrânia, ecoando críticas de Kiev.
A Comissão Europeia desembolsou hoje a oitava parcela do empréstimo de assistência macrofinanceira excecional (AMF), no valor de mil milhões de euros, de um total de 18,1 mil milhões de euros.
Peter Mandelson foi destituído do cargo de embaixador britânico nos Estados Unidos "com efeito imediato", na sequência de alegações sobre a sua relação com o abusador de menores norte-americano Jeffrey Epstein, comunicou hoje o Governo.
A Polónia, membro da União Europeia (UE) e da NATO, anunciou hoje que restringiu o tráfego aéreo na sua fronteira leste, após a invasão de cerca de 20 drones russos suspeitos no seu território.
O primeiro-ministro polaco anunciou esta quarta-feira que vai invocar o artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas entre todos perante ameaças à segurança de um dos Estados-membros, na sequência da violação do seu espaço aéreo por drones russos.
A França regista hoje protestos que se fizeram sentir principalmente nos transportes e autoestradas, com mais de 100 detenções, a maioria em Paris, num dia em que estava previsto um bloqueio total convocado contra as medidas do Governo.
Manifestantes nepaleses incendiaram esta terça-feira o Parlamento na capital Katmandu, após a demissão do primeiro-ministro na sequência de protestos que causaram 19 mortos, anunciou um porta-voz da assembleia.
O Parlamento Europeu (PE) validou hoje o acordo entre a União Europeia (UE) e o Brasil que permite o intercâmbio de dados pessoais e não pessoais para combater a criminalidade grave e o terrorismo.