50 anos de hipocrisia

No ano que comemoramos os 50 anos do 25 de abril, em vez de festividades, os políticos e o ‘status quo’ instalado, deviam fazer uma profunda reflexão do Portugal que temos hoje em 2024.

O reflexo do país que temos mede-se nos debates televisivos entre líderes políticos, a propósito das eleições legislativas de 10 de março.
Da esquerda à direita encontramos um vazio de ideias e uma profunda falta de inspiração.

Nada de novo neste país que se está a engalanar para comemorar a data da revolução que nos trouxe a democracia e colocou um fim aos 40 anos da chamada ‘ditadura’, para uns, um ‘governo musculado’, para outros.

Os números do Portugal de hoje, envergonham qualquer um, mais de dois milhões de pobres que podiam ser quatro milhões não fossem as contribuições sociais. Serviços públicos um caos, onde pessoas morrem à porta de hospitais, onde temos graves problemas de natalidade, mas nem conseguimos manter abertas urgências de obstetrícia ou maternidades. Onde contamos com um sistema de ensino, que desde 1974, se vem a desagregar por culpa de más políticas e de maus políticos, que incrementaram maus currículos, muitas vezes baseados em premissas ideológicas e à ruptura total com os professores, mal pagos, desautorizados e abandonados.
Este também é o país de conseguiu destruir em 50 anos uma instituição quase milenar, que fundou esta Pátria, as nossas Forças Armadas.
Um país que acolhe uma imigração descontrolada, que lhes dá tudo, mas esquece idosos com pensões de miséria, que passam frio no inverno, que trocam a fome por medicamentos.
A profunda reflexão que devemos fazer leva-nos a concluir que após três bancarrotas (1977, 1983 e 2011), vários escândalos de corrupção e impunidade, 50 anos de promessas falhadas, para finalmente “cumprir-se Portugal”, nas palavras do nosso poeta maior, só existe uma solução, uma esperança, o CHEGA. No dia 10 de março o que está em causa é a mesma fórmula que nos levou até aqui, ou a esperança de podermos construir um país novo. Finalmente atingirmos a aurora de abril de 1974, que afinal nunca se cumpriu.

Editoriais do mesmo Autor

Pedro Nuno Santos, um dos jovens turcos e forte promessa da Juventude Socialista, após o apocalipse de dia 7 de novembro surge de alma lavada como o redentor. Pedro Nuno ou PNS para os amigos é, um produto típico da Juventude Socialista, e de um ‘boy’ que estagiou como os melhores (José Sócrates e Antonio […]

O fim do SEF decretado por esta maioria socialista, que numa primeira fase (ainda com a geringonça) deu os primeiros passos para acabar com uma entidade reconhecida internacionalmente, pelo controlo, fiscalização e investigação. Já com a maioria absoluta, o PS podia ter voltado atrás com a decisão de acabar com o SEF, mas não, manteve […]

A teoria do cancelamento é algo patente desde a génese do socialismo globalista e internacionalista. Primeiro a religião como “ópio do povo” (segundo Marx) a perseguição à família nuclear, à instituição monarquia como fundadora do Estado Nação, o controlo do ensino, dos meios de comunicação entre muitos outros argumentos da cartilha revolucionária. Isto foi o […]

No fim de mais uma sessão legislativa, é tempo de fazermos um balanço, não apenas ao trabalho parlamentar, mas também à maioria socialista e ao Governo de António Costa. No fim das contas, a conclusão a que chegamos é de que nunca uma maioria absoluta, sobretudo de um partido de esquerda (herdeiros da ética republicana), […]

A situação dos mariscadores ilegais no Tejo tem sido largamente denunciada por vários órgãos de comunicação social, associações, cidadãos e pelo CHEGA. Esta é uma situação existente há mais de dez anos, mas que, nos últimos cinco, tem conhecido contornos preocupantes. O partido socialista está no governo desde 2015, governa os executivos de Alcochete, Montijo, […]