Segundo a EGEAC, empresa municipal que gere a animação cultural, a festa começa com 15 casamentos: cinco numa cerimónia civil, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, às 11h30, e 10 na cerimónia religiosa, na Sé de Lisboa, a partir das 14h00.
Já à noite, quando dezenas de arraiais estiverem a animar os bairros da cidade, a Avenida da Liberdade volta a encher-se de música e cor no desfile tradicional das Marchas Populares, este ano com o rio Tejo como tema central.
Com centenas de participantes, as marchas contam com 20 grupos a concurso dos bairros dos Olivais, Alfama, Baixa, Santa Engrácia, Carnide, Castelo, Bela-Flor, Campolide, Alcântara, Madragoa, São Vicente, Bairro da Boavista, Bairro Alto, Graça, Alto do Pina, Belém, Marvila, Penha de França, Mouraria, Lumiar e Bica – vencedora em 2023.
O Tejo é o tema central da Grande Marcha de Lisboa, com letra de Flávio Gil e música de João Paulo Soares, que será interpretada por todas os grupos participantes (além das músicas próprias).
Este ano a abertura das marchas, às 21:00, será feita por dois ‘dragões’ especialmente concebidos para a ocasião, comemorativa do 25.º aniversário do estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau.
A Dança do Dragão conta com 30 participantes convidados, numa atuação do grupo da Associação Geral Desportiva de Macau Lo Leong, que conta com o apoio do Turismo de Macau.
À semelhança de anos anteriores, descem também a avenida, no inicio do desfile, três marchas extraconcurso: a marcha infantil de “A Voz do Operário”, a marcha dos Mercados e a marcha da Santa Casa.
Segundo a EGEAC, há ainda uma convidada, a Marcha Infantil das Escolas de Lisboa, composta por 42 crianças, a que se juntam também os Noivos de Santo António.
O trânsito vai estar cortado na Avenida da Liberdade a partir das 18:00 de hoje, havendo condicionamentos de trânsito por várias zonas centrais da cidade, de acordo com a PSP, devido aos festejos.
As Marchas Populares de Lisboa são este ano candidatas a integrar a lista nacional de património cultural imaterial, com o objetivo de reconhecimento histórico e também de preservação desta tradição popular.
A candidatura das marchas é promovida pela Associação das Coletividades do Concelho de Lisboa (ACCL), com o apoio das 28 coletividades da cidade que anualmente preparam e apresentam as marchas e do município.
As Festas de Lisboa tiveram início no final de maio e vão decorrer até ao final do mês de junho, encerrando com dois espetáculos no Terreiro do Paço, o primeiro no dia 29, de Tony Carreira e convidados especiais, acompanhado por uma orquestra de 16 cordas.
No dia seguinte, 30 de junho, Richie Campbell, reconhecido como o “primeiro fenómeno musical da Internet em Portugal”, leva ao Terreiro do Paço “um espetáculo criado ‘para e por Lisboa’, que reunirá em palco outros músicos convidados”, segundo a organização.
De entre as várias iniciativas espalhadas um pouco por toda a cidade, destacam-se a tradicional exposição dos Tronos de Santo António e as “Montras em Festa”.
O programa oficial inclui ainda 15 arraiais populares em oito freguesias da cidade – Alcântara, Carnide, Estrela, Misericórdia, Olivais, Penha de França, Santa Maria Maior e São Vicente -, além daqueles que surgem espontaneamente e são organizados por populares nas suas freguesias.
A EMEL anunciou também o estacionamento gratuito em oito parques de Lisboa, com mais 1.900 lugares, na noite de hoje, para facilitar a deslocação para os Santos Populares.