Rússia acusa Governo de Biden de criar “atmosfera” que levou a ataque a Trump

A Rússia condenou hoje qualquer manifestação de violência no âmbito da luta política, a propósito da tentativa de assassinato de Donald Trump, e considerou que o atual Governo dos Estados Unidos criou a atmosfera que propiciou este ataque.

© Facebook de Dmitry Peskov

 

“A Rússia sempre condenou e nós condenamos firmemente qualquer manifestação de violência na luta política”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa russa, expressando condolências aos familiares da pessoa falecida durante o ataque e desejoando rápida recuperação a todos os feridos.

O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato presidencial Donald Trump foi atingido a tiro numa orelha durante um comício na cidade de Butler (Pensilvânia, EUA), no sábado à noite.

Nas declarações hoje à imprensa, o porta-voz da presidência russa considerou que, “após as múltiplas tentativas de retirar a candidatura de Trump da corrida eleitoral”, por meios legais e por descrédito político, tornou-se agora “evidente para todos que a sua vida corre perigo”.

Peskov afirmou que a Rússia “não pensa que a tentativa de eliminação do candidato presidencial Trump foi organizada pelas autoridades”, mas afirmou que a atmosfera política, incluindo a criada pela administração Biden, levou ao que os Estados Unidos enfrenta hoje.

“O sistema político dos Estados Unidos tem mostrado ao mundo inteiro repetidos exemplos de violência dentro do país no quadro da luta política”, acrescentou, recordando vários casos de feridos ou mesmo assassinatos de presidentes norte-americanos.

Peskov considerou ainda a atual Administração prefere resolver tudo desde posições de força, incluindo assuntos internacionais, e que nunca tenta chegar a compromissos. Agora, acrescentou, “a violência deslocou-se para o interior do país”.

O porta-voz do Kremlin recusou-se a avaliar como o ataque contra Trump irá afetar a legitimidade das eleições nos EUA.

Donald Trump foi atingido a tiro numa orelha durante um comício na cidade de Butler (Pensilvânia, EUA), no sábado à noite.

Duas pessoas morreram, incluindo o alegado agressor, que foi abatido pelos serviços de segurança, e outras duas ficaram feridas.

O FBI identificou o atirador como Thomas Mathiew Crooks, de 20 anos.

Últimas de Política Internacional

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, manifestou-se hoje "cautelosamente otimista" quanto a um possível avanço nas negociações sobre a Ucrânia, desde que os russos deem os "próximos passos".
O Presidente dos Estados Unidos classificou hoje o Irão como "a força mais destrutiva" no Médio Oriente e garantiu que vai conseguir um acordo que garanta que os iranianos "nunca terão uma arma nuclear".
O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que "não há necessidade de temer" sanções do Ocidente devido à guerra na Ucrânia, referindo, porém, que é preciso que a Rússia esteja preparada para reduzir os seus efeitos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que as relações com a China são "muito boas" e anunciou uma conversa com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, "talvez no final da semana".
Os trabalhadores nos postos diplomáticos e consulares de Portugal no Brasil vão ter as suas remunerações fixas em euros, uma reivindicação antiga e que motivou vários protestos, segundo fonte sindical e o Governo.
O Governo britânico, que tem sido pressionado para conter a imigração, vai endurecer as condições para a concessão de vistos de trabalho e facilitar a deportação de estrangeiros condenados por crimes, anunciou hoje a ministra do Interior.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, voltou hoje a criticar o sistema judicial italiano, acusando os tribunais de ordenarem o regresso a Itália de imigrantes com registo criminal e manifestamente sem direito a proteção, por razões "claramente ideológicas".
A Comissão Europeia anunciou hoje ter levado Portugal ao Tribunal de Justiça da União Europeia por não aplicar na totalidade a nova Lei dos Serviços Digitais, dado que não conferiu poderes supervisores nem definiu regras sobre sanções.
A segunda volta para a eleição de Friedrich Merz como chanceler da Alemanha vai decorrer hoje às 15:15 (hora local, 14:15 em Lisboa), depois do líder dos conservadores ter falhado a primeira votação no parlamento.
O Governo dos EUA anunciou hoje que vai oferecer dinheiro aos imigrantes ilegais que regressem aos seus países, beneficiando aqueles que optem pela autodeportação.