Negociações sobre cessar-fogo em Gaza recomeçam hoje em Washington

As negociações indiretas de Israel com o movimento radical palestiniano Hamas sobre a segunda fase do acordo de cessar-fogo da guerra na Faixa de Gaza recomeçam hoje em Washington, nos Estados Unidos.

© Facebook Israel Reports

O gabinete do primeiro-ministro de Israel informou no sábado, em comunicado, que Benjamin Netanyahu e Steve Witkoff, o enviado especial dos Estados Unidos para o Médio Oriente, se reuniriam hoje com esse objetivo. Witkoff discutirá depois durante a semana com o primeiro-ministro do Qatar e altos responsáveis egípcios.

O acordo de tréguas, que entrou em vigor a 19 de janeiro, inclui três fases, a primeira das quais deve permitir a libertação de 33 israelitas feitos reféns pelo Hamas em troca de centenas de palestinianos presos em Israel.

A segunda fase visa a libertação dos últimos reféns e o fim da guerra e a terceira diz respeito à reconstrução da Faixa de Gaza e à definição de um modelo de governação para o pequeno enclave palestiniano.

No domingo, o Hamas acusou Israel de violar o acordo de cessar-fogo por não estar a entrar no enclave palestiniano toda a ajuda humanitária acordada, nomeadamente medicamentos, tendas, combustível, géneros alimentícios e maquinaria pesada.

O acordo prevê a entrada em Gaza de, pelo menos, 600 camiões de ajuda por dia durante as primeiras seis semanas, incluindo 50 camiões de combustível.

Pelo menos na primeira semana, esse número foi ultrapassado, segundo a ONU, que advertiu que a ajuda enfrenta enormes desafios logísticos de distribuição entre toneladas de escombros e engenhos por explodir.

Os Estados Unidos, o Qatar e o Egito tentam há meses ajudar os dois lados a chegar a um acordo para acabar com a devastadora guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel a 07 de outubro de 2023.

Na terça-feira, Netanyahu será recebido pelo Presidente norte-americano, sendo o primeiro líder estrangeiro a reunir-se com Donald Trump desde a sua tomada de posse.

Antes da sua partida para os Estados Unidos, Netanyahu disse que ele e Trump iriam discutir “a vitória sobre o Hamas, conseguindo a libertação de todos os reféns e lidando com o eixo do terror iraniano em todos os seus componentes”, referindo-se à aliança do Irão com grupos militantes em toda a região, incluindo o Hamas.

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