“Gaza está a sofrer. São mortes, feridos, múltiplas deslocações de cidadãos, amputações, separações, desaparecimentos, fomes e negação de ajuda e dignidade em larga escala”, disse Pierre Krähenbühl.
Em conferência de segurança em Doha, no Qatar, o diretor-geral do CICV lamentou que o cessar-fogo tenha dado esperanças a quem agora vive um novo inferno.
“Justamente quando o cessar-fogo (…) fez as pessoas acreditarem que tinham sobrevivido ao pior, um novo inferno eclodiu”, disse Pierre Krähenbühl.
Israel está em guerra com o movimento islâmico palestino Hamas desde seu ataque em 07 de outubro de 2023.
No início deste ano, os dois lados concordaram com uma trégua que durou quase dois meses, até Israel retomar a ofensiva militar na Faixa de Gaza em 18 de março.
No domingo, a agência de notícias France Presse noticiou que o Hamas estará disposto a acordar um cessar-fogo para Gaza que preveja a libertação de todos os reféns de uma só vez e uma trégua de cinco anos com Israel.
As Nações Unidas estimam que, atualmente, Gaza está a enfrentar a pior crise humanitária “em 18 meses após o início das hostilidades em outubro de 2023”, quando permanece em vigor o bloqueio de Israel à ajuda humanitária (incluindo alimentos e material médico) que priva “as pessoas do necessário para a sobrevivência humana”.