Cruz Vermelha do Porto fez mais de 4.000 saídas em emergência em 2024

A delegação do Porto da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP-Porto) realizou, no ano passado, mais de 4.000 saídas em emergência, num total de mais de 43.500 quilómetros percorridos pelas suas ambulâncias, descreveu hoje o novo presidente, Luís Sena de Vasconcelos.

© facebook/cruzvermelhaportuguesa.oficial

Em entrevista à Lusa na véspera do Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, data que coincide com o 128.º aniversário desta delegação, Luís Sena de Vasconcelos avançou que “hoje são cerca de 5.000 as pessoas que vivem melhor o seu dia a dia graças à intervenção da Cruz Vermelha”, números que quer multiplicar, angariando mais mecenas, parceiros solidários e amigos para a chamada Red’Amiga da instituição.

“Na Cruz Vermelha acreditamos no poder da solidariedade. Ao integrar a Red’Amiga, os amigos e mecenas estão a investir na educação de mais de 100 crianças, a apoiar mais de 200 famílias em situação de vulnerabilidade, a combater o isolamento social de mais de 300 idosos, a socorrer mais de 4.000 pessoas em situação de emergência e a formar 1.500 cidadãos para agir em situações de emergência”, disse.

Em 2024, a CVP-Porto efetuou 4.198 saídas em emergência por indicação do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), fez 4.091 horas de voluntariado e 2.988 serviços de transporte adaptado.

A Escola de Socorrismo a CVP-Porto ministrou 192 cursos a 1.545 formandos, num total de 1.869 horas de formação em socorrismo.

“Estamos presentes com hospitais de campanha nos grandes eventos desportivos e culturais aqui do Porto. Tivemos em 70 eventos no ano passado, assistimos dezenas de milhares de pessoas, e também aqui dependemos muito dos voluntários”, referiu Luís Sena de Vasconcelos, enumerando outros serviços, programas e infraestruturas da delegação, nomeadamente o gabinete de apoio à família, no qual são acompanhadas regularmente cerca de 150 famílias com apoio nas rendas, comida e artigos de higiene.

Luís Sena de Vasconcelos falou ainda dos apartamentos partilhados para imigrantes, do departamento de ajudas técnicas que disponibiliza camas articuladas, equipamento de casa de banho, cadeiras de rodas, entre outros, das creches e centros de dia, bem como dos serviços domiciliários dedicados a pessoas isoladas ou a teleassistência.

“Queremos fazer o mesmo, expandir algumas áreas, fazer melhor, e por isso precisamos da Red’Amiga (…). As pessoas contribuem voluntariamente para a Cruz Vermelha. São 24 euros por ano, um café por mês. Para as pessoas não é nada e para nós, para a Cruz Vermelha, pode ser muito. O nosso objetivo é, neste mandato, ter no mínimo 1.000 pessoas amigas”, referiu.

Atualmente a Red’Amiga da delegação do Porto — que com o selo procura envolver empresas e particulares na missão humanitária, promovendo uma sociedade mais digna e solidária — conta com menos de 100 pessoas.

Luís Sena de Vasconcelos quer que este número chegue, “no mais curto espaço de tempo”, aos 1.000.

“Temos áreas que geram recursos e temos áreas que consomem recursos. A nossa ideia é ter uma operação sustentável, reduzir um bocadinho a nossa dependência do Estado. Colaboramos muito com a Segurança Social, com a câmara, com o INEM, que são nossos parceiros a quem nós prestamos serviços. Vamos tentar alcançar mais apoios e ajudas, ajudas que podem não ser em dinheiro, mas materiais. Por exemplo ir buscar mais voluntários à sociedade civil do Porto”, concluiu.

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