Ora, o que devem fazer então as sociedades saudáveis e bem resolvidas com a sua História ao recordar estas efemérides? Presumir-se-ia, que louvassem os seus heróis, que fizessem memória dos seus antepassados, que aproveitassem exemplos da sua caminhada coletiva, para os fazerem presentes, como exemplo e testemunho.
Mas em Portugal não é isto que acontece. Por cá, parece quase obrigatório que a solenidade destes dias, tenha de ser enlameada com o fetichismo anti-nacional da elite política e pensante. É isto que acontece ano após ano. Os mesmos discursos vazios e pouco apelativos. As mesmas ladainhas auto-flegelatórias, sobre como fomos «maus» e «racistas» e «colonialistas». Num dia que é de festa, querem-nos fazer pedir desculpa e cobrir de vergonha.
Não vai acontecer. Do alto do palanque, por ora, até o podem fazer. Mas cá estaremos nós para gritar mais alto que temos orgulho no nosso país, que temos a sorte de ter nascido numa Pátria digna desse nome, que não é de hoje nem de ontem, mas que tem um rosário brilhantíssimo de momentos e figuras.
A mensagem que temos de transmitir nestes dias tem de ser de Esperança e de Confiança. De Esperança, porque se é certo que vivemos momentos negros, de decadência e de miséria, não menos certo é, que com «engenho e arte» lhes soubemos dar sempre a volta; E de Confiança porque nos altos e baixos que tivemos, valeu sempre o esforço, a bravura e o sacrifício de um punhado de portugueses. Se assim foi no passado, sê-lo-á também hoje. De todas as intervenções que deste 10 de Junho, nem o Presidente da República, nem as vergonhosas palavras de Lídia Jorge, fizeram eco daquilo que devia ter sido dito. Valeu-nos André Ventura, que teve a coragem e o patriotismo para dizer que não se revia naquelas narrativas e afirmar inequivocamente aquele que é o sentimento comumente comungado por todos nós: Eu tenho orgulho em ser português!