Ministério Público investiga morte de grávida e bebé em Guimarães

©D.R.

O Ministério Público (MP) está a investigar as circunstâncias em que uma grávida e o seu bebé morreram, após terem sido assistidos no Hospital de Guimarães, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Confirma-se a existência de inquérito. O mesmo corre termos no Ministério Público de Guimarães”, refere a PGR, em resposta enviada à agência Lusa.

Na quarta-feira, também a Entidade Reguladora e a Inspeção das Atividades em Saúde anunciaram a abertura de processos de avaliação e de inquérito, respetivamente, à morte da grávida e do bebé.

“A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) após terem tido conhecimento do falecimento de uma grávida e do seu bebé, assistidos no Hospital Senhora da Oliveira, E.P.E. (Guimarães), decidiram, no quadro das suas competências legais, instaurar, respetivamente, um processo de avaliação e um processo de inquérito que permitam o cabal esclarecimento desta situação”, referiram estas entidades, em comunicado enviado à Lusa.

A nota acrescenta que a “ERS e a IGAS decidiram cooperar de modo a obter todos os esclarecimentos necessários de forma complementar”.

Em resposta enviada à Lusa, enviada na quarta-feira, o Hospital Senhora da Oliveira (HSO) – Guimarães, distrito de Braga, diz que se solidariza com a família “neste momento difícil e lamenta a sua perda”, assumindo que atuou sempre de acordo com os protocolos estabelecidos para estas situações.

“Nesta altura, o que podemos adiantar é que todo o protocolo clínico foi conduzido, desde o primeiro momento, conforme os procedimentos exigidos nestas situações. Tratava-se de uma utente com comorbilidades, tendo chegado a este hospital já sem vida. Como é protocolado nestas circunstâncias aguardamos o resultado da autópsia”, refere o HSO.

A mulher, de 26 anos, grávida de 35 semanas, residente numa freguesia do concelho de Guimarães, era acompanhada no Hospital de Guimarães, no distrito de Braga.

No domingo, a grávida dirigiu-se à unidade hospitalar, queixando-se de falta de ar, onde realizou vários exames, que nada detetaram, tendo o hospital dado alto à paciente.

Na segunda-feira, a mulher voltou a sentir-se mal, e viria a morrer, assim como o bebé, na ambulância a caminho daquela unidade hospitalar.

Últimas do País

Escolas encerradas com alguns professores e funcionários no interior e pais e alunos do lado de fora das grades foi um cenário repetido hoje em vários estabelecimentos de ensino lisboetas, dia de greve nacional.
A Polícia Judiciária (PJ) anunciou ontem, quinta-feira, a detenção, em Loures, de uma mulher de 32 anos procurada pelas autoridades alemãs no âmbito de um mandado de detenção europeu.
A Polícia Judiciária deteve, na Figueira da Foz, um homem de 37 anos com dupla nacionalidade luso-francesa, condenado em França a três anos de prisão por crimes de burla.
A presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) disse hoje que a greve destes profissionais está a afetar toda a atividade programada nos hospitais e centros de saúde, responsabilizando o Governo, que tem sido "totalmente intransigente" nas negociações.
A fundação britânica que atribui os prémios Booker e Booker Internacional vai criar uma versão do prémio para obras de literatura infantil, anunciou hoje aquela entidade.
Portugal continental e as regiões autónomas da Madeira e Açores vão atrasar os relógios uma hora na madrugada de domingo, numa altura em que a União Europeia reacende o debate sobre a mudança da hora.
A antiga eurodeputada socialista Ana Gomes foi constituída arguida num processo-crime instaurado pela Solverde, depois de declarações suas sobre o sistema de regulação dos casinos em Portugal.
Dez distritos de Portugal continental vão estar no sábado sob aviso amarelo devido à previsão de chuva forte, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Quase um milhão de pessoas esperavam por uma primeira consulta nos hospitais públicos no final de junho, mais de metade para além dos tempos máximos de resposta previstos, adiantou hoje a Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
Os dados da ERS indicam ainda que, ao longo do primeiro semestre de 2025, foram realizadas 37.195 cirurgias oncológicas, 92,6% das quais em unidades de saúde públicas