“Todos os pagamentos estão imediatamente suspensos. Vamos fazer a revisão de todos os projetos. Todas as propostas orçamentais, incluindo para 2023, estão adiadas até decisão em contrário. Vamos fazer uma avaliação compreensiva de todo o portefólio [de ajuda]”, anunciou Oliver Varhelyi através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter).
O comissário acrescentou que o bombardeamento do território israelita a partir da Gaza por parte do movimento islâmico Hamas “é um momento de viragem” no apoio prestado pela União Europeia (UE).
“A escala do terror e a brutalidade contra Israel e a sua população são um ponto de viragem. Não pode haver negócios como é habitual. Como maior doador para os palestinianos, a Comissão Europeia vai fazer a revisão total do portefólio [de ajuda], no valor de 691 milhões de euros”, completou.
A posição do comissário europeu contrasta com aquela assumida pelos porta-vozes da Comissão há pouco mais de duas horas em conferência de imprensa, em Bruxelas.
Na conferência de imprensa, os porta-vozes rejeitaram alterações à ajuda prestada aos palestinianos e que dinheiro da UE pudesse estar a ser utilizado para financiar as atividades do Hamas, pelo que não havia, na ótica da Comissão Europeia necessidade de fazer a revisão dos donativos, que apenas estariam a ser canalizados para organizações no terreno responsáveis pela ajuda humanitária à população.