FC Porto instaura três processos após desacatos na AG extraordinária

O FC Porto instaurou três processos a associados resultantes dos desacatos verificados na Assembleia Geral (AG) extraordinária, disse hoje à agência Lusa o presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar do vice-campeão nacional de futebol.

© Facebook/FCPORTO

“Os inquéritos prévios acabaram e já foram instaurados processos disciplinares. São três, à partida. Neste momento, estão a correr os prazos. Está tudo dentro das conformidades. A tramitação subsequente segue normalmente e penso que em 10 ou 15 dias ficará tudo encerrado”, expôs Jorge Guimarães, quase dois meses após a suspensão dos trabalhos.

A deliberação sobre a revisão estatutária do clube encabeçava a sessão magna de 13 de novembro de 2023, que teve de ser ‘desviada’ à última hora de um auditório do Estádio do Dragão para o pavilhão Dragão Arena, no Porto, por causa da ampla afluência de sócios.

A AG recomeçou com atraso, mas diversas pessoas deixaram o recinto das modalidades dos ‘azuis e brancos’ ao fim de pouco tempo, na sequência de incidentes nas bancadas.

“Não houve nenhuma queixa [a nível particular] que tivesse chegado ao conhecimento do Conselho Fiscal e, supostamente, da direção, que, se fosse caso disso, com certeza me teria transmitido. Não houve nenhuma participação policial nem terá havido entradas nos hospitais de quaisquer pessoas que, eventualmente, tenham sido alvo de agressão ou se tivessem sentido mal, pondo como causa próxima disso o que se passou na AG”, referiu.

Suspensa logo no próprio dia pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), José Lourenço Pinto, a reunião foi adiada para 20 de novembro, mas seria desconvocada dois dias antes, com o Conselho Superior do clube a retirar a proposta estatutária em debate.

No dia seguinte à AG, a direção do FC Porto condenou os desacatos e assegurou que ia recorrer “aos meios que tem ao alcance para identificar os responsáveis pelas agressões físicas”, mobilizando os vários órgãos sociais para a abertura de processos disciplinares, enquanto o Ministério Público (MP) lançou um inquérito aos incidentes no Dragão Arena.

“A direção sabe o que se está a passar e sabe que os processos foram instaurados após um inquérito rigoroso. Já visualizámos as câmaras de vigilância e o suporte de vídeo do pavilhão. Há vários vídeos que circularam abundantemente nas redes sociais e a própria imprensa escrita tratou de publicar alguns deles. Foi com base nisso que se encerrou o inquérito prévio e que se instauraram as ações disciplinares”, explicou Jorge Guimarães.

O Conselho Fiscal e Disciplinar iniciou os procedimentos nos 30 dias subsequentes à AG extraordinária e remeteu as respetivas notas de culpa aos três associados visados, que gozam da possibilidade de exercer o seu direito de defesa em sede de audiência prévia.

De acordo com os estatutos do FC Porto, terceiro classificado da I Liga, com 35 pontos, a cinco do líder destacado Sporting, as penas aplicáveis pelo órgão comandado por Jorge Guimarães variam entre a advertência, repreensão, suspensão ou até expulsão de sócio.

“Consequências? A primeira entidade à qual transmitirei isso é a própria direção. Agora, não posso estar a transmitir por antecipação situações que nem a direção conhece muito bem neste momento. Aliás, também nunca me interpelou sobre o assunto, caso contrário eu tinha divulgado o ponto de situação”, finalizou o dirigente, integrado na candidatura do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa às eleições dos órgãos sociais do clube, em 2020.

Últimas de Desporto

Portugal somou hoje a sétima medalha nos Jogos Paralímpicos Paris2024, igualando o resultado de Pequim2008, com Carolina Duarte a arrecadar o bronze nos 400 metros, num dia em a natação conseguiu três finais e a canoagem uma.
O piloto português Miguel Oliveira (Aprilia) lamentou hoje ter tido uma qualificação e uma corrida sprint duras no Grande Prémio de São Marino de MotoGP, 13.ª ronda do Campeonato do Mundo, que terminou na 15.ª posição.
O português Miguel Monteiro sagrou-se hoje campeão paralímpico do lançamento do peso F40 nos Jogos Paris2024, com um lançamento a 11,21 metros, marca que constitui novo recorde da competição.
O canoísta português Messias Baptista sagrou-se hoje campeão do mundo em K1 200 metros, arrecadando a segunda medalha de ouro para Portugal nos Mundiais que decorrem em Samarcanda, no Uzbequistão.
O ciclista português João Almeida (UAE Emirates) terminou hoje a quarta etapa da Volta a Espanha em terceiro lugar, que lhe permite subir à segunda posição da classificação geral, agora liderada por Primoz Roglic (BORA-hansgrohe), vencedor da tirada.
A portuguesa Mafalda Lopes conquistou hoje o Lacanau Pro, etapa francesa do circuito mundial de qualificação de surf, conseguindo a sua segunda vitória internacional, a primeira fora de Portugal.
O português Miguel Oliveira (Aprilia) foi hoje 13.º classificado na corrida sprint do Grande Prémio da Áustria de MotoGP, 11.ª ronda do Mundial de motociclismo de velocidade.
A Associação Industrial Portuguesa (AIP) vai formalizar, este mês, a criação do ‘cluster’ das indústrias e tecnologias de desporto, que diz contar já com dezenas de empresas e instituições interessadas.
Marco Alves revelou hoje que o Comité Olímpico de Portugal (COP) vai trabalhar no sentido de serem criadas “cada vez melhores condições” aos atletas portugueses, tendo já uma “agenda fechada” com o Governo.
Pedro Pichardo cruzou-se com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e pediu-lhe um encontro, considerando que é importante que as entidades que governam o país reúnam também com atletas e não apenas com dirigentes.