Suíça vai votar iniciativa da direita radical para limitar população

O partido de direita radical suíço, que tem a maioria no parlamento, quer referendar um plano para dizer “Não a uma Suíça com 10 milhões de habitantes”, alegando que todos os problemas do país se devem à “imigração descontrolada”.

© D.R.

O partido, conhecido na parte francesa da Suíça como União Democrática do Centro e na parte alemã como Partido do Povo Suíço, entregou esta quarta-feira à chancelaria federal (órgão que coordena os trabalhos do Conselho Federal suíço, ou seja, do Governo) 114.600 assinaturas a favor do plano.

O número de subscritores é muito superior aos 100 mil previstos na lei para que uma questão seja votada pela população e as assinaturas foram recolhidas em metade do prazo legal. Os suíços poderão, portanto, votar o texto, que inclui uma denúncia do acordo de livre circulação de pessoas assinado com a União Europeia (UE).

O Partido Popular Suíço já levou esta questão a votação popular em setembro de 2020, mas uma maioria de 62% dos suíços votaram favoravelmente à manutenção do acordo. No entanto, podem passar muitos meses ou mesmo anos entre a apresentação de uma iniciativa e a sua votação.

Últimas de Política Internacional

As autoridades turcas detiveram hoje 234 pessoas suspeitas de pertencerem a redes de crime organizado, numa grande operação policial de âmbito internacional, foi hoje anunciado.
A União Europeia (UE) quer reforçar o controlo e a responsabilização do comércio internacional de armas, após os 27 terem aprovado hoje uma revisão do quadro sobre esta matéria, motivada pela entrega de armas à Ucrânia.
A Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiro defendeu hoje que é preciso a Rússia seja pressionada para aceitar as condições do cessar-fogo, recordando que a Ucrânia está a aguardar há um mês pela decisão de Moscovo.
O presidente em exercício do Equador, o milionário Daniel Noboa, foi declarado vencedor da segunda volta das eleições de domingo pela autoridade eleitoral do país, derrotando a rival de esquerda, Luisa González.
O Governo moçambicano admitiu hoje pagar três milhões de dólares (2,6 milhões de euros) à euroAtlantic, pela rescisão do contrato com a estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), mas abaixo da indemnização exigida pela companhia portuguesa.
O presidente da Ucrânia pediu uma "resposta forte do mundo" ao ataque com mísseis balísticos na manhã de hoje contra a cidade de Soumy, no nordeste da Ucrânia, que terá causado mais de 20 mortos.
O líder venezuelano Nicolas Maduro vai visitar Moscovo no próximo mês para participar nas comemorações do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, que se celebra tradicionalmente a 9 de maio, confirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
Os países que apoiam a Ucrânia na defesa do território ocupado por tropas russas comprometeram-se hoje com mais 21.000 milhões de euros para apoiar o país, durante uma reunião do Grupo de Contacto.
As autoridades italianas transferiram hoje o primeiro grupo de imigrantes em situação irregular para os polémicos centros de deportação na Albânia, transformados em estruturas de repatriamento de requerentes de asilo já com ordem de expulsão de Itália.
A inflação na Venezuela fixou-se em 136% em março, em termos anuais, anunciou o Observatório Venezuelano de Finanças (OVF).