Mapa prevê fecho de urgências em Lisboa, Centro e Norte nos próximos dias

O Ministério da Saúde publicou hoje no portal do Serviço Nacional de Saúde o mapa das escalas de urgências até à próxima quinta-feira, que prevê o fecho de vários serviços em Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Norte.

© D.R.

Lisboa e Vale do Tejo é a região com maiores constrangimentos, com o fecho total ou parcial nos próximos dias de urgências gerais, de obstetrícia/ginecologia e pediatria dos hospitais de São Bernardo (Setúbal), Garcia de Orta, São Francisco Xavier, Beatriz Ângelo, Nossa Senhora do Rosário (Arco Ribeirinho), Vila Franca de Xira e Rainha Santa Isabel (Torres Novas).

No caso do Hospital de Santa Maria, a urgência de obstetrícia, que consta do mapa como encerrada, está a sofrer obras de remodelação.

Fonte do hospital adiantou à Lusa que as obras ficam concluídas no final deste mês, com a montagem e testagem de todos os equipamentos a decorrer em julho e reabertura da urgência no início de agosto.

Na região Norte, o mapa hoje divulgado indica que apenas a urgência de pediatria do Hospital de Chaves estará fechada sábado e domingo.

No Centro, as urgências de obstetrícia/ginecologia do Hospital de Santo André, em Leiria, estão encerradas hoje, sábado e domingo, enquanto as de pediatria estarão fechadas no domingo.

Nas regiões do Alentejo e do Algarve não está previsto o fecho total de urgências até à próxima quinta-feira.

O mapa indica ainda as urgências referenciadas, ou seja, que se encontram apenas reservadas às urgências internas e aos casos referenciados pelo CODU e INEM e pela linha SNS 24 em determinados períodos dos próximos dias.

Nessa situação estão vários serviços de hospitais de Lisboa e Vale do Tejo, caso das urgências de pediatria e de obstetrícia/ginecologia do Amadora-Sintra, da obstetrícia do São Francisco Xavier e da pediatria do Beatriz Ângelo.

“Os dados apresentados podem sofrer alterações decorrentes de constrangimentos inultrapassáveis”, refere ainda o mapa divulgado pelo ministério de Ana Paula Martins.

As escalas disponibilizadas referem-se aos serviços de urgência das especialidades de ginecologia/obstetrícia, pediatria e geral de todos os hospitais que integram as Unidades Locais de Saúde do SNS.

Recentemente, a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) pediu a publicitação das urgências encerradas durante o verão junto dos utentes e alertou ser “muito provável” que os hospitais voltem a enfrentar dificuldades de funcionamento neste verão, tendo em conta que continuam a debater-se com falta de profissionais de saúde.

“No ano passado tivemos dificuldades porque tínhamos falta de recursos humanos. Se essa falta de recursos humanos se mantém, então é muito provável que os resultados sejam os mesmos”, adiantou o presidente da APAH, Xavier Barreto, à agência Lusa.

As informações que indicavam quais as urgências encerradas deixaram de estar disponíveis ‘online’, mas, na quarta-feira, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, anunciou no parlamento que voltariam a ser publicitadas na quinta-feira, o que só aconteceu hoje.

Segundo o Ministério da Saúde, este formato foi concebido para divulgar, de “forma imediata e expedita”, as escalas dos serviços de urgência disponíveis, ainda que, por “constrangimentos inultrapassáveis”, estes dados possam sofrer alterações pontuais.

Em breve, de acordo com um comunicado do ministério, será disponibilizada uma nova página interativa que será carregada diretamente pelos hospitais e que mostrará, a cada momento, o serviço de urgência disponível mais perto a que os utentes podem recorrer.

“O Ministério da Saúde encontra-se em articulação permanente com a Comissão de Acompanhamento para encontrar soluções que ultrapassem os constrangimentos”, referiu ainda o gabinete de Ana Paula Martins, que reiterou a importância de os utentes ligarem sempre para a Linha SNS 24 (808 24 24 24) para triagem e respetivo encaminhamento clínico.

As escalas podem ser consultadas no portal do SNS: https://www.sns.gov.pt/servicos-de-urgencia-sns/

Últimas do País

O Governo português vai retirar cerca de 20 cidadãos portugueses do Líbano, disse hoje à Lusa fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A PSP registou 3.281 contraordenações durante a operação que realizou junto das escolas por ocasião da abertura do ano letivo, sendo a maioria por estacionamento indevido junto aos estabelecimentos escolares, indicou esta sexta-feira aquela polícia.
Mais de 5.000 professores candidataram-se ao novo concurso extraordinário de vinculação para escolas carenciadas, que termina hoje com 2.309 vagas, segundo o ministro da Educação, Ciência e Inovação.
Os cidadãos fora do espaço Schengen que queiram entrar em Portugal têm de passar por um controlo dos dados biométricos e pessoais, anunciou hoje o ministro da Presidência, avançando que se trata de “um elemento fundamental” para a fiscalização.
O Ministério da Educação decidiu que apenas os alunos beneficiários da ação social escolar, os que aprendem com manuais digitais e os que vão realizar este ano provas digitais terão direito a uma ligação gratuita à internet.
Quase todos os assistentes operacionais do Instituto Ricardo Jorge estão hoje em greve para exigirem a transição para a carreira de técnicos auxiliares de saúde (TAS), que “devia ter sido feita em janeiro e não foi”, disse fonte sindical.
Os fumadores têm, a partir de outubro, um novo medicamento para deixar de fumar comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde, passando a existir dois fármacos disponíveis no mercado, uma medida aplaudida pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP).
O número telefónico de emergência 112 recebeu cerca de 9.000 chamadas relacionadas com os incêndios florestais, entre 15 e 19 de setembro, a maioria com origem nos distritos do Porto, Aveiro, Braga e Viseu, segundo a PSP.
O Ministério Público (MP) arquivou o inquérito à morte de um utente, de 42 anos, nas urgências do Hospital de Santo André, em Leiria, onde esperou seis horas para ser observado após a triagem.
Uma megaoperação de combate ao tráfico de droga está a decorrer desde as 05:00 de hoje, em Lisboa, com especial incidência no Bairro da Cruz Vermelha, segundo a Polícia de Segurança Pública (PSP).