APSI e GNR lançam hoje Campanha de Prevenção de Afogamentos

A Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) lança hoje, em conjunto com a GNR, a Campanha de Prevenção de Afogamentos, alertando que a morte por afogamento é rápida e silenciosa e acontece em pouca água.

© D.R

O objetivo é sensibilizar as famílias para a importância das regras de segurança a respeitar junto da água, nomeadamente, nas praias, rios, barragens, piscinas ou tanques, alertando-as para “a ínfima quantidade de água que é suficiente” para que o afogamento de uma criança ocorra.

A APSI lembra que no triénio 2020-2022 a média de mortes por ano duplicou, passando de 7,3 para 15, com um total de 45 crianças mortas nesses três anos num acidente “perfeitamente evitável”.

A associação e a GNR pretendem, com esta campanha, evitar que haja mais vítimas.

“Não se pode manter o silêncio, quando o número de mortes aumenta significativamente e quando as chamadas para o 112 e reencaminhadas para o INEM (por afogamento e acidente de mergulho) acompanham esta tendência devastadora”, recordam, numa nota hoje divulgada.

A Campanha de Prevenção de Afogamentos de Crianças e Jovens de 2024 chama a atenção para a “diminuta quantidade de água que é suficiente para que o afogamento de uma criança aconteça”, sublinhando que este é “um problema de saúde pública”.

Em complemento, e pelo terceiro ano consecutivo, os militares da GNR estarão no terreno a sensibilizar as famílias (residentes ou visitantes) para as medidas de prevenção a serem adotadas, por forma a evitar os acidentes por afogamento.

Segundo dados da APSI, entre 2000 e 2022 morreram 305 crianças e jovens por afogamento.

Para além das mortes por afogamento, a APSI regista ainda 640 internamentos na sequência de um afogamento, o que significa que, “por cada criança que morre, aproximadamente duas são internadas”, refere o último relatório da associação.

O número de mortes por afogamento diminuiu nas últimas décadas e até 2020: de 27 (média por ano 2002-2004) para 16,5 (média/ano 2005-2010) e, mais recentemente, para 8,9 (média/ano 2011-2019).

No entanto, no último triénio em análise (2020-2022), o número médio de mortes por afogamento por ano subiu para 15, tendo 2022 sido um ano particularmente trágico, com 19 mortes.

Considerando os últimos 11 anos analisados, o maior número de mortes por afogamento ocorreu na faixa etária dos 15 aos 19 anos e o maior número de internamentos dos 0 aos 4 anos.

Segundo a APSI, “de uma maneira geral, os afogamentos verificam-se mais até aos 4 anos de idade”.

No último relatório atualizado, a APSI aponta dados disponibilizados pelo INEM para indicar que, entre 2012 e 2022, 838 casos de afogamentos e acidentes de mergulho de crianças e jovens foram encaminhados pelo 112 para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes.

“Este número mostra uma tendência de crescimento ao longo dos últimos 11 anos analisados, com uma média anual de 76 casos, sendo que nos últimos 3 representados, o número de casos foi superior a 100/ano”, refere o documento.

Os últimos dados disponíveis indicam que, em 2023, foram 123 os casos de afogamentos e acidentes de mergulho que originaram chamada para o 112 e foram encaminhada para o INEM. O maior número de casos (33%) verificou-se nas crianças entre os 10 e os 14 anos, seguindo-se o grupo dos 0 aos 4 anos (23%).

Quanto ao local onde ocorrem, as piscinas são o plano de água com maior registo de afogamentos, seguidas das praias e dos rios, ribeiras ou lagoas.

Últimas do País

Duas pessoas morreram hoje nos incêndios de Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, disse à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Médicos e utentes participaram hoje num ‘flash mob’, em Lisboa, promovido pela Federação Nacional dos Médicos (Fnam), para homenagear os profissionais de saúde e os beneficiários que "têm resistido à degradação do SNS” ao longo dos anos.
Portugal pediu à União Europeia (UE) um reforço de meios para combater os incêndios que lavram no distrito de Aveiro e para reforçar as capacidades no território continental, confirmou hoje à Lusa fonte da Comissão Europeia.
Os incêndios que lavram no distrito de Aveiro estão hoje a motivar cortes nas autoestradas A1, A25 e A29, estando a GNR a apelar para que os automobilistas não circulem nas zonas dos fogos.
Várias habitações estão a arder em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, devido ao incêndio que começou no concelho vizinho de Sever do Vouga, informou fonte da autarquia.
O Exército Português vai reforçar o patrulhamento de prevenção a incêndios, após ter sido declarado estado de alerta máximo até terça-feira em todo o país, colocando diariamente no terreno 80 militares, anunciou hoje a força militar.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) aumentou hoje o estado de alerta e prontidão dos meios de socorro para o nível mais elevado na segunda e terça-feira devido ao risco de incêndio na generalidade do continente.
A PSP registou em agosto mais 134 acidentes e mais cinco mortes face ao mesmo mês do ano passado, e deteve 892 condutores por crimes rodoviários e registou 19.064 infrações rodoviárias, segundo um balanço hoje divulgado.
Quatros urgências de Obstetrícia e Ginecologia e três de Pediatria estão hoje encerradas, segundo a informação disponibilizada às 08:15 no Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Um homem de 57 anos foi detido pela Polícia Judiciária, por suspeita de ter ateado um incêndio numa área florestal no concelho de Montalegre, distrito de Vila Real, na terça-feira, anunciou hoje a PJ.