“A Rússia sempre condenou e nós condenamos firmemente qualquer manifestação de violência na luta política”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa russa, expressando condolências aos familiares da pessoa falecida durante o ataque e desejoando rápida recuperação a todos os feridos.
O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato presidencial Donald Trump foi atingido a tiro numa orelha durante um comício na cidade de Butler (Pensilvânia, EUA), no sábado à noite.
Nas declarações hoje à imprensa, o porta-voz da presidência russa considerou que, “após as múltiplas tentativas de retirar a candidatura de Trump da corrida eleitoral”, por meios legais e por descrédito político, tornou-se agora “evidente para todos que a sua vida corre perigo”.
Peskov afirmou que a Rússia “não pensa que a tentativa de eliminação do candidato presidencial Trump foi organizada pelas autoridades”, mas afirmou que a atmosfera política, incluindo a criada pela administração Biden, levou ao que os Estados Unidos enfrenta hoje.
“O sistema político dos Estados Unidos tem mostrado ao mundo inteiro repetidos exemplos de violência dentro do país no quadro da luta política”, acrescentou, recordando vários casos de feridos ou mesmo assassinatos de presidentes norte-americanos.
Peskov considerou ainda a atual Administração prefere resolver tudo desde posições de força, incluindo assuntos internacionais, e que nunca tenta chegar a compromissos. Agora, acrescentou, “a violência deslocou-se para o interior do país”.
O porta-voz do Kremlin recusou-se a avaliar como o ataque contra Trump irá afetar a legitimidade das eleições nos EUA.
Donald Trump foi atingido a tiro numa orelha durante um comício na cidade de Butler (Pensilvânia, EUA), no sábado à noite.
Duas pessoas morreram, incluindo o alegado agressor, que foi abatido pelos serviços de segurança, e outras duas ficaram feridas.
O FBI identificou o atirador como Thomas Mathiew Crooks, de 20 anos.