Opositores venezuelanos condenam prisão de chefe da segurança de líder anti-chavista

O chefe da segurança da líder anti-chavista María Corina Machado foi hoje detido, acusado de “violência de género” contra um grupo de mulheres que tentaram agredi-la e ao candidato presidencial Edmundo González Urrutia, denunciaram opositores venezuelanos.

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Na conta pessoal na rede social X, González Urrutia considerou a detenção do chefe da segurança Milciades Ávila como “arbitrária”, enquanto Henrique Capriles, duas vezes candidato presidencial, afirmou que esta ação “junta-se a uma longa lista de perseguições, assédios e apreensões por parte do governo”, que procura “semear o terror” a 11 dias da votação presidencial.

“Nas primeiras horas da manhã, eles entram mais uma vez numa casa e levam uma pessoa sem respeitar o devido processo estabelecido na Constituição e com a máxima impunidade”, disse Capriles na mesma rede social.

Por seu lado, o oposicionista Juan Pablo Guanipa disse que Ávila “se limitou a conter algumas senhoras, deputadas, que foram agredir María Corina Machado”.

“Neste caso, o agressor torna-se a vítima. Por outras palavras, as mulheres que atacaram Ávila e queriam atacar María Corina estão agora a ser condecoradas”, disse Guanipa num vídeo também publicado no X.

Antes, Maria Machado disse haver “dezenas de testemunhas e vídeos” que mostram que o que aconteceu no sábado passado foi um ato de “provocação planeada” para a deixar “sem proteção” antes das eleições.

A líder da oposição responsabilizou o chefe de Estado, Nicolás Maduro, pela “integridade física” de Ávila e pelo que poderá acontecer a “outras 24 pessoas” da sua equipa e da de González Urrutia, que, segundo disse, estão “sequestradas e hoje prisioneiras da tirania”.

As autoridades venezuelanas prenderam este ano 102 pessoas ligadas à campanha de González Urrutia, às quais se juntou agora Ávila, denunciou terça-feira a organização não-governamental Foro Penal.

Das 102 detenções – algumas por algumas horas e outras com prisão até à data – 77 ocorreram desde o início formal da campanha, a 04 deste mês, refletindo “um padrão claro de ação contra ativistas, militantes, até mesmo colaboradores ou pessoas que prestam serviços” a González Urrutia e Machado, disse Gonzalo Himiob, diretor do Foro Penal.

Nas eleições de 28 deste mês, além de González Urrutia, vão disputar a presidência outros nove candidatos, incluindo Maduro, que concorre a um terceiro mandato.

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