Os anos vão passando e o sistema vai-se moldando! Pouco interessa a capa por detrás do conteúdo porque, no final, os interesses, os objetivos e os resultados são os mesmos.
Os motores voltam a aquecer! Depois das ultimas eleições legislativas há escassos meses, voltamos agora a um cenário pré-legislativo, onde as forças do sistema se começam a posicionar novamente para ir a votos. Prova disso é o “colinho” de Marcelo a Luís Montenegro, que lá vai fazendo o “frete” de, em pleno mês de férias, andar a visitar hospitais com o anúncio reiterado das 54 medidas para o SNS, mas que afinal só ainda executaram duas delas.
Neste momento, a AD, ou melhor, o PSD e o CDS já chegaram à conclusão de que, as tais linhas vermelhas se transformaram num mar vermelho. Excluindo o CHEGA das conversações, não há como governar. André Ventura já tinha avisado, o CHEGA já tinha reiterado e todos nós já tinhamos percebido. O que fazer então?
Para Luís Montenegro só há uma hipotese: eleições antecipadas, baseadas na vitimização do eventual chumbo do orçamento, passando a mensagem aos portugueses de que eles (AD) estão a ser boicotados e anulados. Mas será mesmo assim?
Ora vejamos!O que Montenegro quer é um “amén” do CHEGA às suas politicas de esquerda e para isso conta que o CHEGA seja muleta, como foi, desde sempre, o CDS. O que aconteceu ao CDS? Desapareceu por inutilidade política…não caímos nessa, isso é certo!
Por outro lado, Marcelo está claramente a posicionar Montenegro para um novo período eleitoral, do qual Marcelo tem todo o interesse. Com o chumbo do orçamento ou eventual demissão de Montenegro, é dissolvida a Assembleia da República e cai a comissão de inquérito às gémeas que tanta “mossa” lhe tem feito. Ao contrário da ideia de Marcelo há uns meses atrás, neste momento é impreterível que o governo caia, até porque, ninguém consegue governar sem uma base de apoio parlamentar sólida e consistente.
Assim, o objetivo vai ser: culpar o CHEGA pelo chumbo mesmo que o CHEGA se abstenha, usar a responsabilidade que o CHEGA tem tido na Assembleia da República ao aprovar medidas de outros partidos e levar os portugueses a pensar que precisam de uma maioria forte para governar.
Pois bem, aos portugueses lhes digo: não é com a mesma receita que vamos sair do buraco! É o CHEGA que precisa desta maioria para transformar e fazer cumprir Portugal. A AD ganhou e comparem o que prometeram e o que executaram. Tem sido este o descrédito que nos tem levado a pensar que os políticos são todos iguais. André Ventura e os seus deputados têm cumprido com o que prometeram: criar propostas, apoiar propostas e aprovar propostas baseadas no seu programa eleitoral, independentemente de que partido venham, porque acima de tudo está Portugal e o futuro da nossa nação.