CHEGA exige responsabilidades ao diretor dos Serviços Prisionais sobre fuga de reclusos de Vale dos Judeus

O presidente do CHEGA exigiu hoje responsabilidades ao diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais pela fuga de cinco reclusos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus e criticou o silêncio da ministra da Justiça e do primeiro-ministro.

© Folha Nacional

“O Estado português falhou, o diretor dos Serviços Prisionais tem que assumir responsabilidades por este falhanço, porque este é um falhanço que envergonha Portugal”, afirmou.

André Ventura falava aos jornalistas à chegada das jornadas parlamentares do partido, que decorrem entre hoje e terça-feira em Castelo Branco.

O líder do CHEGA acusou Rui Abrunhosa Gonçalves de irresponsabilidade, sustentando que “está objetivamente comprovado que houve negligência de serviços e que houve falha de serviços”.

“Isto não é uma república das bananas, tem que haver aqui consequências e a primeira consequência é do senhor diretor dos Serviços Prisionais, que sabe há anos que nós precisamos de mais guardas, que sabe há anos que é impossível um guarda estar a controlar a videovigilância toda de uma cadeia como a de Vale dos Judeus, mas também de outras, que sabe há anos que a desativação das torres era perigosa, que colocaram aqueles indivíduos juntos sabendo que eles já tinham agido em conluio, como se diz em direito, para articular um plano criminoso”, argumentou.

André Ventura anunciou que o CHEGA vai chamar ao parlamento o diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais e vai “também exigir responsabilidades ao próprio, bem como ao seu vice-diretor na área da segurança”.

O líder do CHEGA criticou também o silêncio da ministra da Justiça, Rita Júdice, defendendo que já devia ter pedido desculpa publicamente aos portugueses pelo risco e pelo prejuízo causado à imagem do Estado português na sequência desta fuga, que aconteceu no sábado.

“A senhora ministra da Justiça parece que está de férias e que entende que não deve pronunciar-se sobre isso. Quer dizer, quatro pessoas perigosas fogem de uma cadeia portuguesa, esta cadeia está sob a tutela do Ministério da Justiça e ninguém sabe onde está a senhora ministra”, criticou, exigindo “responsabilidades políticas”.

“Se eu fosse ministro da Justiça era o que eu faria, era estar perante vós dizer houve falhas aqui e ali, eu vou lutar para melhorar, ou assumir a minha responsabilidade e admitir-me. Agora, o que não pode acontecer é fingir que nada aconteceu, o país sabe o que aconteceu, as populações sabem o que aconteceu, há um risco real sobre as populações que a PJ e a PSP e a Secretaria de Segurança Interna já vieram avisar, e o Governo parece que não existiu nada”, sustentou.

O líder do CHEGA considerou que também o primeiro-ministro deve pronunciar-se sobre este assunto.

“Eu espero que haja pelo menos uma palavra do senhor primeiro-ministro, que se vestiu de bombeiro para ir a um incêndio, espero que também se vista de guarda prisional para ir à prisão ver o que é que está a acontecer. Já que gosta tanto de se vestir dos setores profissionais, podia aproveitar, vestia uma farda de guarda prisional e ia às prisões ver o que é que se está a passar, era isto que eu esperava, mas não, fechou-se, ninguém sabe onde é que ele está”, afirmou.

Ventura disse ainda que espera que os fugitivos sejam encontrados e “rapidamente possam ser devolvidos à justiça”.

Na ocasião, o líder do CHEGA foi questionado também sobre a recusa do Presidente da República de o receber para abordar a proposta do Chega de um referendo sobre imigração. Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que não concede audiências sobre propostas de referendo porque nos termos da Constituição só lhe compete intervir na fase final desses processos.

O líder do CHEGA considerou que “dá a ideia” de que Marcelo Rebelo de Sousa só não se pronuncia sobre referendo “quando é o CHEGA ou André Ventura”.

“Eu queria falar com ele sobre imigração, sobre a proposta do CHEGA, e sobre palavras dele próprio, ele achou que não me devia receber e acha que um milhão e duzentos mil portugueses não devem ser ouvidos pelo Palácio do Belém”, criticou, e indicou que não vai “alimentar mais o clima de conflitualidade”.

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