CHEGA quer ouvir ministra Ana Paula Martins com urgência sobre “turismo de saúde”

O CHEGA quer ouvir a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, na Assembleia da República, com caráter de urgência, sobre o "turismo de saúde" e o impacto que poderá ter no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

© Folha Nacional

O requerimento, divulgado hoje mas datado de sexta-feira, surgiu na sequência de uma reportagem da RTP divulgada no dia anterior, quinta-feira, no programa Linha da Frente, intitulada “Serviço Internacional de Saúde”.

“Uma grande reportagem divulgada pela RTP expôs de forma alarmante o fenómeno crescente do turismo de saúde em Portugal e os seus efeitos devastadores sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta situação, descrita como uma “hemorragia” pelos administradores hospitalares, está a desestabilizar o SNS, agravando a já crítica escassez de recursos e comprometendo a qualidade dos cuidados prestados aos portugueses”, lê-se na proposta de audição dirigida à presidente da Comissão de Saúde.

O CHEGA pede a audição urgente da ministra da Saúde “face à urgência desta situação e à ameaça que representa para a sustentabilidade e equidade do SNS”.

Os deputados do CHEGA referem que “cidadãos estrangeiros provenientes de África, América do Sul e, mais recentemente, de um número crescente de países asiáticos, estão a sobrecarregar o SNS, especialmente com casos de gravidezes extremamente complexas, que exigem cuidados especializados e intensivos” e que “a facilidade de acesso e a gratuitidade dos serviços de saúde em Portugal são apontados na reportagem como os principais fatores que incentivam este fluxo de cidadãos estrangeiros”.

“Contudo, e como sublinhado por alguns diretores de serviço de grandes hospitais nacionais, nestes casos não se trata de situações humanitárias. Pelo contrário, são procedimentos de saúde planeados para decorrerem em Portugal, dispendiosos, que estão a ser realizados sem qualquer compensação financeira, piorando naturalmente ainda mais as dificuldades do SNS”, acrescentam.

Em comunicado divulgado juntamente com o requerimento, o Grupo Parlamentar do CHEGA defende que “é incompreensível que o SNS, que não consegue dar resposta aos portugueses, continue a gastar recursos e dinheiro dos contribuintes em tratamentos de imigrantes que em nada contribuem para Portugal”.

“O turismo de saúde é um problema real do SNS e não pode ser ignorado”, sustentam os deputados.

O CHEGA lembra ainda que em julho entregou no parlamento um projeto de resolução através do qual recomenda ao Governo a “realização de um estudo urgente e abrangente que avalie o impacto do turismo de saúde e recomende medidas de mitigação dos seus efeitos negativos no SNS”. Esta iniciativa ainda não foi votada em plenário.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA quer ouvir a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, na Assembleia da República, com caráter de urgência, sobre o "turismo de saúde" e o impacto que poderá ter no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O processo orçamental entra na semana decisiva, com a entrega na quinta-feira do Orçamento do Estado de 2025 (OE2025), no parlamento, após meses de discussão entre Governo e a oposição sobre quem viabiliza as contas do país.
Pelo segundo ano consecutivo as cerimónias da Implantação da República, que se realizam hoje na Praça do Município, em Lisboa, foram vedadas ao público, tendo acesso apenas pessoas autorizadas.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse esta sexta-feira que o turismo de saúde é uma “matéria sensível” com alguns contornos que têm de ser investigados, mas reforçou que o Serviço Nacional de Saúde “não deixa ninguém à porta”.
A ministra da Saúde negou hoje qualquer pressão sobre as Unidades de Saúde Familiar, revelando que a declaração prévia em que as equipas se comprometem a aceitar os médicos de família que para ali concorrem já existia.
O líder do CHEGA, André Ventura, acusou o atual líder do executivo, Luís Montenegro, de ter mentido quando assegurou não ter qualquer acordo orçamental com o PS e acusou o Presidente da República de perturbar o funcionamento das instituições e ser fonte de intriga.
A Avenida Almirante Reis, em Lisboa, foi o palco de uma manifestação massiva organizada pelo partido CHEGA, onde milhares de apoiantes acompanharam o líder do partido, André Ventura, num protesto contra a “imigração descontrolada” e a “insegurança”.
O primeiro-ministro apresentou a Pedro Nuno Santos uma contraproposta sobre a redução do IRC, que em vez de cair para 17% no final da legislatura decresce para 15%, sendo que em 2025 o corte é de um ponto percentual.
O partido CHEGA apresentou, na quarta-feira, dia 25 de setembro, um Projeto de Resolução que recomendava ao Governo a alteração das regras de inscrição nas creches aderentes ao programa “Creche Feliz”, de forma a dar prioridade às crianças cujos pais sejam trabalhadores.
O primeiro-ministro e líder do PSD acusou hoje o PS de querer condicionar "80% da margem orçamental" do Governo, rejeitando o argumento de que na negociação do próximo Orçamento só estejam em causa duas medidas ou 1% do documento.