Na passada sexta-feira dia 14 de fevereiro, ouvi com toda a atenção uma conferência de imprensa do secretário-geral do PS, onde este mostrava toda a sua indignação com uns supostos comentários proferidos em off dentro do hemiciclo, e ao mesmo tempo apelidava os deputados do CHEGA, de serem “um bando de delinquentes”.
Aproveitando o balanço do meu vizinho, Pedro Nuno, também afirmo que fico indignado com muita coisa que tem acontecido no nosso país. Será que o Pedro vai concordar comigo?
Fico indignadíssimo quando analiso alguns indicadores e reparo que 2,1 milhões de portugueses, quase 20% da população, vive em situação de pobreza. Se olharmos para o mesmo indicador, e retirarmos os apoios sociais, chegamos à triste conclusão de que mais de 40% dos portugueses vivem na pobreza. Também fico muito indignado ao saber que o ano de 2024 foi o ano com mais homicídios desde 2014, mas provavelmente em relação a isto, o Pedro vai continuar a falar em “falsas percepções de insegurança”.
O que me deixa também muito indignado é saber que vivo num dos países com os salários mais baixos da Europa e no país com uma das cargas fiscais mais elevadas, e como se isso não bastasse, continuamos na cauda da Europa nos índices de produtividade. Caos nos serviços públicos, agressões a professores e pessoal não docente, agressões aos nossos agentes de autoridade e a algum pessoal médico, a lentidão na justiça e a sensação de total impunidade, também são temas que me causam indignação.
Será que o Pedro também ficou indignado quando um ministro autorizou um pagamento de uma indemnização de meio milhão de euros a uma gestora pública por whatsapp? Ou quando o mesmo ministro anunciou a construção do novo aeroporto à revelia do primeiro-ministro? E quando, em 2012, o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS afirmava durante um jantar, que se estava a marimbar para os bancos alemães que nos emprestaram dinheiro e que poderíamos não pagar a dívida? Provavelmente estas situações não indignaram o Pedro, mas indignaram muitos portugueses que sentiram vergonha do Pedro!
