Está em curso um processo de transição de poder no sistema internacional, da unipolaridade norte-americana para uma multipolaridade, em que as grandes potências são os EUA, a China, a Rússia, a Europa e, cada vez mais, a Índia.
A Índia já ultrapassou a China como país mais populoso do mundo, é já a quinta economia mundial (e a crescer), detém um significativo poder militar e afirma-se como uma força essencial para o complexo de segurança do Indo-Pacífico.
Devido a esta dimensão sistémica, envolvi-me com entusiasmo na concepção de um projeto de cooperação estratégica entre os Patriots for Europe e a União Indiana, que se traduziu na missão ao país que integrei na semana passada. Acompanhamos com interesse o trabalho do primeiro-ministro Modi.
Comungamos os mesmos valores conservadores e partilhamos as mesmas preocupações e desafios comuns: a imigração ilegal, o radicalismo islâmico, o tráfico de droga, o crime organizado.
A Índia faz parte de um núcleo decisivo de países, a par dos EUA, do Reino Unido e de Israel, com os quais temos de ter uma relação especial, seja por imperativos estratégicos, seja por vínculos civilizacionais.