Relação confirma pena suspensa para influencer que mergulhou filha para travar birras

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) confirmou a condenação a pena suspensa de prisão da influencer que, em 2023, mergulhou a filha de três anos em água fria para que esta parasse de fazer birra.

© D.R.

Segundo o acórdão, a que a Lusa teve hoje acesso, a mulher foi punida pelo Tribunal Local Criminal de Lisboa, em outubro de 2024, a dois anos e meio de prisão, suspensos na sua execução por três anos, por um crime de violência doméstica.

A arguida, de 36 anos, ficou ainda obrigada a indemnizar a criança em mil euros.

No julgamento, ficou demonstrado que, com objetivo que a filha parasse de fazer birra, a influencer mergulhou, numa primeira ocasião, a menina até ao queixo na piscina do prédio onde residem, e, dias depois, a molhou com água fria, de madrugada e com o pijama vestido, num chuveiro de casa.

No recurso para a TRL, a defesa da arguida alegou que “não há qualquer prova” de que esta sabia que estava a maltratar a criança, tendo agido convencida, devido a um texto que lera na Internet, de que a água tem propriedades relaxantes.

O argumento foi, contudo, rejeitado pelo TRL.

“Não é crível que algum pai ou alguma mãe medianamente cuidadoso/a, empático/a e preocupado/a para com o seu filho acredite que esteja aqui perante algo inócuo, bom ou lícito”, sustentam, no acórdão datado de 20 de fevereiro, os juízes desembargadores.

Ainda assim, os magistrados acederam a três alterações pontuais nos factos dados como provados, ressalvando que nenhuma interfere “de forma significativa” no que tinha sido determinado pelo Tribunal Local Criminal de Lisboa.

Entre os atos adicionados, está a explicitação de que “a arguida mantém com a filha uma relação que em geral é de afinidade amorosa e carinhosa”.

O caso foi tornado público depois de em julho de 2023 a influencer ter divulgado nas redes sociais a forma como travara as birras da filha.

No julgamento, ficou provado que foram atos isolados e que a criança não ficou com sequelas psicológicas da violência sofrida.

Últimas do País

A fraca visibilidade tem condicionado hoje o movimento no Aeroporto Internacional da Madeira - Cristiano Ronaldo, havendo dois voos cancelados e sete divergidos, informa a ANA- Aeroportos de Portugal na sua página.
O Presidente da República pediu hoje celeridade às autoridades responsáveis pelo relatório final sobre o acidente mortal no Ascensor da Glória, em Lisboa, agradecendo as primeiras conclusões preliminares conhecidas no sábado.
A GNR desmantelou uma rede de tráfico de estupefacientes no concelho de Ponte de Sor, detendo quatro homens e uma mulher, entre 25 e 47 anos, e apreendeu mais de 7.000 doses de droga, foi hoje anunciado.
Os bombeiros conseguiram dominar esta madrugada o incêndio que começou no sábado de manhã em Sandomil, concelho de Seia, disse à Lusa fonte da proteção civil.
O suspeito de ter ateado o fogo que está a lavrar desde hoje de manhã no concelho de Seia, distrito da Guarda, está retido no Posto Territorial da GNR de Seia, disse à Lusa fonte da corporação.
O Ministério da Saúde assinou esta semana com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) o protocolo de negociação sobre os novos modelos de organização do trabalho destes profissionais de saúde, anunciou hoje a tutela.
O Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP deteve, na quinta-feira, em Lisboa, um homem de 23 anos, suspeito de exercer "de forma reiterada, violência física e psicológica sobre a sua bisavó, de 83 anos", anunciou hoje aquela polícia.
Mais de 200 operacionais, apoiados por 63 viaturas e 10 meios aéreos, combatem hoje um incêndio que deflagrou próximo Sandomil, no concelho de Seia, distrito da Guarda, de acordo com a Proteção Civil.
Os nove processos disciplinares instaurados pelos serviços prisionais a sete guardas, um chefe e um diretor de Vale de Judeus após a fuga de cinco reclusos foram concluídos com dois arquivamentos, duas suspensões e cinco multas.
Os elevadores históricos da Glória e do Lavra nunca foram fiscalizados pela Autoridade Nacional de Segurança Ferroviária (ANSF), ao contrário dos ascensores da Bica e de Santa Justa, avança o Público na edição de hoje.