Reino Unido e UE avançam com parceria na defesa para enfrentar volatilidade na Europa

O Reino Unido e a União Europeia (UE) anunciaram hoje uma parceria para a segurança e defesa numa cimeira em Londres para responder à crescente "volatilidade" no continente europeu, em particular face à ameaça russa.

© Facebook/comissão europeia

“As posições do Reino Unido e da UE em matéria de política externa e de segurança estão estreitamente alinhadas em muitas questões relacionadas com as perspetivas e os desafios globais, à luz de valores partilhados, incluindo a promoção da democracia e o empenhamento na defesa do direito internacional”, referiu um documento publicado no seguimento da cimeira, a primeira de alto nível desde que Londres saiu do bloco comunitário em 2020.

O pacto visa reforçar a cooperação em questões como o apoio à Ucrânia, iniciativas de segurança e defesa, incluindo a indústria da defesa, mobilidade de equipamento e pessoal e segurança espacial.

A parceria prevê encontros regulares de alto nível e consultas estratégicas entre responsáveis da UE e do Governo britânico, bem como a colaboração em missões de paz, cibersegurança, combate a ameaças híbridas e a proteção de infraestruturas críticas, como cabos de telecomunicações e de eletricidade submarinos.

O pacto não assegura imediatamente o acesso das empresas britânicas da indústria de defesa ao programa militar europeu Ação de Segurança para a Europa (SAFE, na sigla em inglês), que vai mobilizar 150 mil milhões de euros em créditos para a aquisição conjunta de equipamento militar.

Mas esta parceria abre o caminho a negociações sobre os termos da participação nos concursos europeus de aquisição de armamento.

A parceria faz parte de uma série de acordos que vão ser hoje anunciados pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo líder do Conselho Europeu, António Costa, reunidos hoje na capital britânica.

Últimas de Política Internacional

A Comissão Europeia anunciou hoje uma investigação formal para avaliar se a nova política da `gigante` tecnológica Meta, de acesso restrito de fornecedores de inteligência artificial à plataforma de conversação WhatsApp, viola regras de concorrência da União Europeia.
O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa na Venezuela (SNTP) e o Colégio de Jornalistas (CNP), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, denunciaram hoje a detenção de um jornalista que noticiou a existência de um buraco numa avenida.
O Tribunal Constitucional da Polónia ordenou hoje a proibição imediata do Partido Comunista da Polónia (KPP), alegando que os objetivos e atividades do partido, refundado em 2002, violam a Constituição.
A Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco, dias após um tiroteio em Washington que envolveu um cidadão afegão, anunciou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Federica Mogherini, reitora do Colégio da Europa e ex-chefe da diplomacia da União Europeia (UE), foi indiciada pelos crimes de corrupção, fraude, conflito de interesse e violação de segredo profissional, revelou a Procuradoria Europeia.
O Presidente ucraniano apelou hoje para o fim da guerra, em vez de apenas uma cessação temporária das hostilidades, no dia de conversações em Moscovo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou hoje que a situação na Catalunha só se normalizará totalmente se o líder separatista Carles Puigdemont for amnistiado e regressar à região, tendo reconhecido "a gravidade da crise política" que enfrenta.
A Comissão Europeia confirmou hoje que foram realizadas buscas nas instalações do Serviço de Ação Externa da União Europeia (UE), em Bruxelas, mas rejeitou confirmar se os três detidos são funcionários do executivo comunitário.
A ex-vice-presidente da Comissão Europeia e atual reitora da Universidade da Europa Federica Mogherini foi detida hoje na sequência de buscas feitas pela Procuradoria Europeia por suspeita de fraude, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
Mais de 20 mil munições do Exército alemão foram roubadas durante um transporte, em Burg, leste da Alemanha noticiou hoje a revista Der Spiegel acrescentando que o Governo considerou muito grave este desaparecimento.