Prata ultrapassa 50 dólares por onça e atinge recorde desde 1993

A prata ultrapassou hoje os 50 dólares por onça pela primeira vez desde 1993 impulsionada pela procura de investimentos refúgio num contexto de incertezas económicas e políticas.

© D.R.

 

Na sequência do recorde do ouro na quarta-feira, a mais de 4.000 dólares, a onça de prata, metal precioso também utilizado na indústria, subiu 3,12% para 50,4142 dólares hoje, cerca das 13:30 GMT (15:30 em Paris).

Questionado pela AFP, John Plassard, responsável pela estratégia de investimento do Cité Gestion Private Bank, refere um “efeito de recuperação” da prata após os ganhos significativos do ouro.

Desde o regresso de Donald Trump à Casa Branca e os seus ataques à Reserva Federal americana, a confiança do mercado nos ativos americanos, incluindo o dólar, tem vindo a diminuir, a que acresce a recente paralisação orçamental nos Estados Unidos.

Em 2011, o metal branco chegou perto dos 50 dólares por onça (31,1 g), pois era visto como uma proteção contra a inflação e a crise da dívida pública europeia.

“Os investidores estão cada vez mais a tentar livrar-se de tudo o que está relacionado com o dinheiro fiduciário”, acrescenta Plassard.

O setor está a sofrer de um défice estrutural de longa data, em que a procura excede a oferta.

No entanto, “a prata é um metal industrial essencial para a produção de chips semicondutores para IA [inteligência artificial] que alimentam os centros de dados em todo o mundo”, observa Kathleen Brooks, diretora de pesquisa da corretora XTB.

Últimas de Economia

Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.
A taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em novembro, 0,1 pontos percentuais abaixo da variação de outubro, segundo a estimativa provisória divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (CHEGA, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.
O corte das pensões por via do fator de sustentabilidade, aplicado a algumas reformas antecipadas, deverá ser de 17,63% em 2026, aumentando face aos 16,9% deste ano, segundo cálculos da Lusa com base em dados do INE.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, após dois meses de subidas, enquanto o indicador de clima económico aumentou, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os gastos do Estado com pensões atingem atualmente 13% do PIB em Portugal, a par de países como a Áustria (14,8%), França (13,8%) e Finlândia (13,7%), indica um relatório da OCDE hoje divulgado.