CHEGA considera que PR deveria ter tido “coragem política” para dissolver AR

© Folha Nacional

O líder parlamentar do CHEGA considerou hoje que o Presidente da República deveria ter tido a “coragem política” para dissolver o parlamento e convocar eleições, defendendo que o Governo está “em farrapos” e o país “precisa de estabilidade”.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, após a declaração de Marcelo Rebelo de Sousa ao país, Pedro Pinto afirmou que o Governo está “em farrapos, partido aos bocados”, e “não dá credibilidade ao país”.

O líder parlamentar do CHEGA considerou que “este não é um Governo estável”, contrapondo que “Portugal precisa de estabilidade, não há dúvida, mas a estabilidade tem de vir com eleições”.

“Achamos que o Presidente da República devia ter ido mais além, devia ter terminado hoje mesmo com este Governo porque falou em estabilidade, mas que estabilidade é que têm os portugueses quando estão com dificuldades todos os dias de meter a comida na mesa, de pagar a renda de casa, de pagar o seu carro?”, questionou o deputado do CHEGA.

Pedro Pinto disse que “não é surpresa” que o Presidente da República não tenha dissolvido a Assembleia da República, apesar de considerar que “devia ter dado esse passo, devia ter essa coragem política”.

“Porque às vezes os Presidentes da República têm que ter coragem para fazer isso. Faltou-lhe essa coragem hoje”, lamentou.

O líder parlamentar do CHEGA afirmou que “existe um conflito instalado entre a Presidência da República e o primeiro-ministro e que a culpa foi do Governo, foi do primeiro-ministro”.

O Presidente da República deixou um “recado muito claro, de que vai estar atento aquilo que vai fazer o Governo”, mas já disse isso antes “noutras situações”, acrescentou.

“O que é certo é que Marcelo Rebelo de Sousa confiou em alguém que não é confiável, que é o primeiro-ministro, António Costa”, disse o deputado do Chega.

Para Pedro Pinto, o chefe de Estado “arrasou completamente” o ministro das Infraestruturas, João Galamba.

“É um ministro que está acabado, ele já estava acabado, já estava a prazo, e hoje teve o seu ponto final, teve o seu epílogo com estas declarações do Presidente da República”, referiu.

Numa comunicação ao país a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, o Presidente da República assinalou hoje que irá retirar ilações do episódio protagonizado pelo ministro João Galamba, mas afirmou que procurará manter a estabilidade política.

Marcelo Rebelo de Sousa prometeu também que estará “ainda mais atento e mais interveniente no dia a dia” para prevenir fatores de conflito que deteriorem as instituições e “evitar o recurso a poderes de exercício excecional”.

Últimas de Política Nacional

Entre 2017 e 2023, cerca de 200 nomes de políticos e detentores de cargos públicos em Portugal tornaram-se mediáticos face a casos em que foram constituídos arguidos ou acusados, sendo que é entre o Partido Socialista (PS) e o Partido Social-Democrata (PSD), partidos que têm alternado no poder nos últimos 50 anos, que há mais crimes.
O presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje, perante vários líderes de direita europeus, que é necessário “reconquistar a Europa cristã”, criticando a atuação de socialistas e social-democratas nos últimos cinquenta anos.
Há duas candidaturas à direita para as presidenciais. Uma representa uma posição forte contra a corrupção, a imigração ilegal e a favor de mais segurança. A outra representa “a podridão do sistema partidário”.
Após uma breve pesquisa, chega-se à conclusão que é no plano autárquico onde encontramos mais casos de corrupção, principalmente o crime de peculato.
Em reação à polémica envolvente com o dirigente do CHEGA, André Ventura anunciou que "foi aberto um processo interno para averiguar toda a circunstância envolvida" e que pediu a Nuno Pardal "que abandone todos os lugares dentro do CHEGA".
O primeiro-ministro classificou hoje como “uma imprudência” do ex-secretário de Estado Hernâni Dias a criação de duas empresas imobiliárias quando já era governante e considerou que este fez bem em demitir-se.
O novo grupo de trabalho de criação de freguesias vai analisar oito pedidos ao parlamento para a separação de freguesias segundo o regime geral previsto na lei, sem o compromisso de uma decisão a tempo das próximas autárquicas.
As candidaturas para as eleições regionais antecipadas da Madeira de 23 de março têm de ser apresentadas até segunda-feira no Tribunal da Comarca do Funchal, de acordo com o mapa-calendário divulgado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai ter em março dois debates quinzenais na Assembleia da Repúblicas, nos dias 06 e 26 desse mês, anunciou hoje o porta-voz da conferência de líderes, o deputado social-democrata Jorge Paulo Oliveira.
Ana Paula Martins é a única ministra do Governo de Luís Montenegro que os portugueses querem ver substituída. A conclusão é retirada dos resultados do barómetro da Pitagórica para o JN, TSF e TVI/CNN, que mostram que há 47% portugueses a quererem a saída da ministra da Saúde, contra 40% a defender a sua manutenção no Governo.