Federação defende assistência a banhistas todo o ano para evitar afogamentos

A Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores (FEPONS) considerou hoje imperativa a assistência a banhistas durante todo o ano em todas as praias de Portugal, quando se assinala o Dia Mundial de Prevenção de Afogamento.

© DR

Em comunicado, a associação recorda que o seu Observatório do Afogamento registou no ano passado 155 mortes no “meio aquático”, valor que “iguala o de 2017 (…) o pior ano registado desde a criação do observatório”.

A FEPONS considera urgentes “mudanças políticas significativas nesta área”, defendendo que “as autarquias devem assumir a responsabilidade exclusiva pela assistência aos banhistas, através das associações de nadadores-salvadores”.

A instalação de equipamentos que melhorem a vigilância, o socorro e a proteção dos nadadores-salvadores, como torres de vigilância, motos 4×4 e motos de salvamento marítimo, e a existência de programas educativos e práticos de segurança aquática nas escolas são também necessárias, adianta.

A associação pede ainda incentivos para os nadadores-salvadores sazonais e a criação de uma carreira especial na função pública para os nadadores-salvadores, bem como que seja cumprida a legislação estabelecida nas piscinas de uso público.

“O afogamento continua a ser uma causa significativa causa de morte – é a terceira causa na maior parte do mundo e a primeira entre crianças com menos de cinco anos em muitos países”, assinala, adiantando que saber nadar diminui o risco de afogamento.

Durante o dia de hoje, a FEPONS, em parceria com a Associação Portuguesa de Técnicos de Natação e o apoio da Federação Portuguesa de Natação, está a tentar recolher informação sobre a competência aquática das crianças portuguesas entre os seis e os 12 anos, através de um questionário anónimo dirigido aos pais e encarregados de educação acessível em https://forms.gle/p8uhzTnVcunaAuDL8.

O Observatório do Afogamento, com números obtidos através da imprensa, indica que no primeiro trimestre deste ano ocorreram 49 mortes no meio aquático, mais cinco do que em igual período de 2023.

No início deste mês, a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) lançou, em conjunto com a GNR, uma Campanha de Prevenção de Afogamentos, para sensibilizar as famílias para a importância das regras de segurança a respeitar junto da água, nomeadamente, nas praias, rios, barragens, piscinas ou tanques.

Segundo a APSI, no triénio 2020-2022 a média de mortes por ano duplicou, passando de 7,3 para 15, com um total de 45 crianças mortas nesses três anos num acidente “perfeitamente evitável”.

A Campanha de Prevenção de Afogamentos de Crianças e Jovens de 2024 chama a atenção para a “diminuta quantidade de água que é suficiente” para que uma criança morra deste modo, sublinhando que este é “um problema de saúde pública”.

Entre 2000 e 2022 morreram 305 crianças e jovens por afogamento, indica a associação, que registou ainda 640 internamentos na sequência de um afogamento.

Os últimos dados disponíveis dão conta de 123 casos de afogamentos e acidentes de mergulho que originaram chamadas para o 112 e foram encaminhados para o INEM em 2023.

Últimas do País

Em Portugal, “as escolas reportaram necessidade de reparação ou de aquisição de 45.024 computadores”, segundo informação revelada pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) ao Jornal de Notícias (JN).
A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) exigiu hoje "mais medidas efetivas" que garantam a proteção de crianças vítimas de violência doméstica e revelou que desde 2021 acompanhou 146 menores naquele contexto.
Cerca de 40% dos adultos que vivem em Portugal só conseguem compreender textos simples e resolver aritmética básica, segundo um estudo da OCDE em que os portugueses apenas são melhores do que os chilenos.
Um homem de 38 anos indiciado pela prática de um crime de roubo qualificado e diversos furtos, foi detido pela PSP de Coimbra e, após ter sido presente a tribunal, ficou em prisão preventiva, anunciou hoje aquela polícia.
Cerca de 95% dos portugueses respondeu “não” à pergunta "Concorda com o aumento dos salários dos políticos?", contra 5% que respondeu “sim”.
O diretor dos Serviços de Informações de Segurança (SIS), Adélio Neiva da Cruz, afirmou hoje que "há ataques provenientes de atores estatais que têm por objetivo a soberania de Portugal", e que pretendem "a recolha de informação confidencial".
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) denunciou hoje que há uma tentativa de atribuição automática de utentes sem médico de família a clínicos que já atingiram o limite de beneficiários nas suas listas.
A PSP deteve hoje três pessoas numa operação que às 08:00 ainda decorria em bairros de Oeiras e Amadora, distrito de Lisboa, no âmbito dos tumultos que se seguiram à morte de Odair Moniz no bairro da Cova da Moura.
As Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores registam este ano os maiores aumentos nas iluminações de Natal e 13 das 16 capitais de distrito vão gastar verbas superiores às despendidas em 2023.
Os médicos devem apresentar “escusas de responsabilidade” sempre que se deparem com “equipas insuficientes” e “sem condições de trabalho”, defendeu hoje a FNAM, que também decidiu o prolongamento da greve às horas extraordinárias nos centros de saúde.