Fracassou a tentativa de impedir o CHEGA de concorrer a eleições na Madeira

© Tribunal Constitucional

O Tribunal Constitucional decidiu, esta semana, indeferir os dois recursos apresentados para inviabilizar a candidatura do CHEGA às eleições regionais na Madeira, mantendo-se as 13 listas concorrentes inicialmente validadas.

Em reação aos jornalistas numa conferência de imprensa, André Ventura disse que o partido recebeu esta decisão “com naturalidade”, considerando que “qualquer outra decisão colocaria gravemente em risco a democracia” porque seria inédito “retirar um partido do boletim de voto”.

O líder do CHEGA acusou ainda PS e PSD de uma “perigosa e patética linha de silêncio” perante a tentativa de “vencer na secretaria” o partido na Madeira, considerando natural a decisão do Tribunal Constitucional de admitir a candidatura.

Para Ventura há neste caso “dois factos perturbadores”. Desde logo “a tentativa de alguns adversários, externos e internos, de vencer na secretaria aquilo que não conseguem fazer nas urnas” e depois a “patética e perigosa tentativa de retirar um partido do boletim de voto era algo que não se via desde os anos do PREC em Portugal”.

Prometendo não esquecer aquilo que aconteceu, André Ventura insistiu na necessidade de uma “justiça constitucional independente” e de uma “reforma profunda” nesta área.

Segundo o presidente da Comarca da Madeira, Filipe Câmara, o Tribunal Constitucional “não conheceu o recurso de Gregório Teixeira”, militante do CHEGA, e “julgou improcedente o do partido ADN”.

“Por isso, mantêm-se as 13 candidaturas concorrentes às eleições validadas pelo Tribunal Judicial da Comarca da Madeira”, afirmou Filipe Câmara à Agência Lusa.

No passado dia 30 de agosto, o Tribunal Judicial da Comarca da Madeira remeteu para os juízes do Palácio Ratton dois recursos que contestavam a admissão da candidatura do CHEGA às eleições legislativas regionais de 24 de setembro, apresentados pelo ADN e por Gregório Teixeira.

Para o sufrágio de 24 de setembro, o Tribunal da Madeira validou 13 candidaturas, correspondentes a duas coligações e a outros 11 partidos, cujas listas definitivas já foram afixadas, de acordo com o mapa eleitoral.

O sorteio da ordem das 13 forças políticas no boletim de voto colocou o Partido Trabalhista Português (PTP) em primeiro lugar, seguido de Juntos Pelo Povo (JPP), Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), CHEGA (CH), Reagir Incluir Integrar (RIR), Partido da Terra (MPT), Alternativa Democrática Nacional (ADN), Somos Madeira (coligação PSD/CDS-PP), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Livre (L), CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV) e Iniciativa Liberal (IL).

As anteriores eleições regionais realizaram-se em 22 de setembro de 2019.

Nesse ato eleitoral, num círculo eleitoral único, concorreram uma coligação e outros 16 partidos que disputaram os 47 lugares no parlamento madeirense: PSD, PS, CDS-PP, JPP, BE, CHEGA, IL, PAN, PDR, PTP, PNR, Aliança, Partido da Terra – MPT, PCTP/MRPP, PURP, RIR e CDU (PCP/PEV).

O PSD perdeu então, pela primeira vez, a maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, que detinha desde 1976. Elegeu 21 deputados e formou um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados).

O PS elegeu 19 deputados, o JPP três e o PCP um.

*Com agência Lusa.

Últimas do País

Dez pessoas, entre as quais cinco crianças, foram hoje feridas sem gravidade por intoxicação por monóxido de carbono numa habitação nos arredores de Coimbra, disse fonte dos bombeiros.
Doze pessoas morreram e 433 pessoas foram detidas por conduçãoem sob efeito de álcool entre 18 e 24 de dezembro, no âmbito da operação de Natal e Ano novo, anunciaram hoje em comunicado a GNR e PSP.
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentam hoje tempos de espera de mais de 11 horas para a primeira observação nas urgências gerais, segundo dados do portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Álvaro Almeida, estimou hoje que há cerca de 2.800 internamentos indevidos nos hospitais, quer devido a situações sociais, quer a falta de camas nos cuidados continuados.
O quinto dia de greve dos guardas prisionais, convocada pela Associação Sindical dos Profissionais do Corpo da Guarda Prisional (ASPCGP), está a ter uma adesão que ronda os 80%, adiantou hoje a estrutura representativa.
Os trabalhadores das empresas de distribuição cumprem hoje um dia de greve, reivindicando aumentos salariais e valorização profissional, e voltam a parar no final do ano.
Dois agentes da PSP acabaram no hospital após serem atacados durante uma ocorrência num supermercado. Agressores fugiram e estão a monte.
Um homem é suspeito de ter matado hoje uma criança de 13 anos, morrendo de seguida numa explosão alegadamente provocada por si numa habitação em Casais, Tomar, num caso de suposta violência doméstica, informou a GNR.
O tribunal arbitral decretou hoje serviços mínimos a assegurar durante a greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies, antiga Groundforce, marcada para 31 de dezembro e 1 de janeiro, nos aeroportos nacionais.
O Ministério da Administração Interna (MAI) disse hoje que foi registada uma diminuição das filas e do tempo de espera no aeroporto de Lisboa e que todos os postos têm agentes da PSP em permanência.