Finanças aprovam modelo de declaração para pagamento do imposto sobre lucros extraordinários

A portaria que aprova os modelos de declaração das contribuições de solidariedade temporárias a pagar este ano pelas empresas dos setores da energia e da distribuição alimentar foi hoje publicada em Diário da República.

© Folha Nacional

Nos termos da portaria n.º 281/2023, assinada pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, e que entra em vigor na quinta-feira, as declarações devem ser enviadas por via eletrónica à Autoridade Tributária (AT), através do Portal das Finanças, após o que é criada uma referência de pagamento para pagamento da contribuição de solidariedade temporária.

Até à disponibilização no Portal das Finanças das aplicações relativas aos modelos de declaração, o diploma estabelece, como disposição transitória, que “devem ser utilizados modelos declarativos equivalentes em formato digital específico, destinados à respetiva submissão, que devem ser descarregados do Portal das Finanças e preenchidos, validados e gravados para subsequente envio à AT, através de funcionalidade específica integrada no serviço de atendimento E-balcão”.

O diploma que regulamenta as contribuições de solidariedade temporárias (CST) sobre os setores da energia e da distribuição alimentar (conhecida por ‘windfall tax’) foi promulgado no final de 2022 pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Este ‘windfall tax’ sobre os setores do petróleo, gás natural, carvão e refinação terá uma aplicação temporária, durante dois anos, incidindo também sobre as empresas de distribuição alimentar, sendo pago durante o mês de setembro.

Em resposta à Lusa após a publicação do diploma que cria as CST, fonte oficial do Ministério das Finanças precisou as contribuições “que se mostrem devidas são liquidadas pelo sujeito passivo até ao dia 20 e pagas até ao último dia do mês, respetivamente, independentemente de esses dias serem úteis ou não úteis, do 9.º mês seguinte à data do termo do período de tributação a que respeita”.

A contribuição extraordinária é apresentada pelo Governo como “uma intervenção de emergência para fazer face aos elevados preços da energia” e “ao fenómeno inflacionista que afeta o setor da distribuição alimentar”.

Esta taxa, de 33%, incide sobre os “lucros excedentários apurados nos períodos de tributação para efeitos do IRC que se iniciem nos anos de 2022 e 2023”, para empresas nacionais ou estrangeiras que tenham “estabelecimento estável” no país.

Por lucros excedentários entende-se “o correspondente a 20% de aumento em relação à média dos lucros tributáveis nos quatro períodos de tributação com início nos anos de 2018 a 2021”.

Últimas de Economia

O Conselho Económico e Social (CES) considera "insuficiente o grau de clareza" das transferências internas da Segurança Social e recomenda que a Conta Geral do Estado (CGE) "passe a incluir dados detalhados" sobre a Caixa Geral de Aposentações (CGA).
O Banco Central Europeu (BCE) considerou que dez bancos importantes da zona euro tinham em 2025 provisões insuficientes para cobrir os riscos de exposições a crédito malparado, menos oito bancos que na revisão supervisora de 2024.
A Comissão Europeia decidiu hoje impor limites a importações de produtos de ligas de ferro (ferroligas) pela União Europeia (UE), como medida de proteção desta indústria.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) exigiu hoje o reforço urgente da segurança, após recentes disparos contra serviços de finanças da Grande Lisboa, durante a madrugada, e alertou para o agravamento do clima de segurança nos trabalhadores.
O Ministério Público realizou buscas de grande escala na TAP para investigar suspeitas de corrupção e burla na privatização feita em 2015. O caso, reaberto com novos indícios da Inspeção-Geral de Finanças, ameaça reacender uma das maiores polémicas da empresa.
Nos primeiros nove meses do ano, foram comunicados ao Ministério do Trabalho 414 despedimentos coletivos, mais 60 face aos 354 registados em igual período de 2024, segundo os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai solicitar mais informações aos bancos sobre os ativos de garantia que permitem mais financiamento.
A economia portuguesa vai crescer 1,9% em 2025 e 2,2% em 2026, prevê a Comissão Europeia, revendo em alta a estimativa para este ano e mantendo a projeção do próximo.
A Comissão Europeia prevê que Portugal vai registar um saldo orçamental nulo este ano e um défice de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026, segundo as projeções divulgadas hoje, mais pessimistas do que as do Governo.
A taxa de juro no crédito à habitação desceu 4,8 pontos para 3,180% entre setembro e outubro, acumulando uma redução de 147,7 pontos desde o máximo de 4,657% em janeiro de 2024, segundo o INE.