ECB versus BCE

© Folha Nacional

The President of the European Central Bank, ECB, Christine Lagarde, em completa divergência com o Governador do Banco de Portugal e Membro do Conselho Europeu do Banco  Central Europeu, BCE.

Com mais uma subida das taxas de juro, o governo do Costa das mentiras políticas, começa a sentir o que significa gastar mais do que se deve e do que se pode, ou seja endividar-se para além da sua capacidade de pagar juros mais elevados depois da festa. Um dos problemas depois da festa é a ressaca. E por isso, com uma dívida elevada e sem cortar na despesa, para não levantar ondas de protesto das suas clientelas políticas, o nosso primeiro, envia o rapaz de serviço ao BCE efetuar pressão política, mesmo que isso retire credibilidade, pois sente porque sabe que esta taxa de juros imposta vai criar condições para a recessão económica. Com o objetivo claro de estabilizar e baixar este ciclo de inflação elevada, mais uma vez e talvez ainda não a última subida, começa a ser evidente o medo pelo impacto na economia nacional, sobre endividada e sem cortar na despesa para que a festa do despesismo continue a alimentar e anestesiar a clientela política que sustenta a aparência de paz deste governo de maioria e poder absoluto pela mão do braço de Mário Centeno. Mas lá no ECB, o nosso Centeno foi derrotado pela evidência de ter de manter estas taxas de juro elevadas. Votou do lado errado da realidade económica e do seu combate. Esta politização retira credibilidade ao ECB e descredibiliza o Governador do BP, pois esta taxa vai-se manter para além de 2025. Assim os portugueses têm de estar preparados para a conjugação negativa de saque fiscal pelo Costa e respetivo aumento de impostos além do saque em paralelo efetuado pelos bancos nacionais que, sem necessidade de liquidez irão manter as taxas de juro baixas nos depósitos e elevadas nos empréstimos. Dá para ver em termos simples quem vai ser penalizado. Quem tem dinheiro em depósitos  e quem pediu.

Para consumo interno e para desestabilizar, temos o nosso “Residente” da República que distorce vergonhosamente a mensagem do ECB. A subida dos juros vai favorecer o radicalismo nas eleições. Esta mensagem é sub-reptícia porque mentirosa, pois nada disso foi pedido. O que temos de fazer, sim, é diminuir ou controlar a despesa, reduzir o consumo. Este deveria ser o tal equilíbrio que o “selfies” se referia mas não pode.

A outra opção que o governo estava habituado é nada fazer e culpar os outros. Mas esta tempestade vai deixar marcas, vai passar mas penso que pela primeira vez vai afetar a governação à vista que tem sustentado essa mágica de contas certas. Tão certas que os partidos mais sérios já pediram a baixa de impostos e em concreto o IRS que este Governo foge deles como o Costa da Cruz.

O fim da festa socialista de aumento de despesa, saque fiscal suportado ainda pela anestesia política dos comentadores que cada vez mais terão que se suportar em mentiras e não na realidade para ajudar a salvar a imagem do governo, culpando os de longe, esses maus do ECB.

Assim no cenário socialista, as coisas vão ser mais apertadas para todos, quer digam que sim quer digam que não, pois no plano político as palavras enganadores de Costa ainda irão atenuar um pouco a revolta e o descontentamento popular, mas a realidade económica nada de bom augura na realidade do dia a dia. Mas as “más” notícias não se ficam por aqui. Pois é só para não esquecer que a cotação do petróleo está em alta, nos 100 dólares o barril. Sabe o que isso significa, mais aumentos com o buffer dos impostos, teremos já para a semana mais um aumento final de preço acima dos dois euros o litro. O que satisfaz duplamente os cofres governamentais, aumento do saque fiscal, e combate às alterações climáticas, com redução do consumo, pois a médio prazo andaremos todos de burro e deixaremos de comer carne de vaca, diminuindo assim os tais gases de metano emitidos. Poder-se-á em simultâneo restabelecer a população de burros que estavam em risco de desaparecer e ainda adubar as terras de cultivo com o seu fertilizante natural. As alimárias ainda nos vão salvar, os burros e os cavalos em detrimento das vacas.

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