Mais de 1.400 irregularidades nos fundos até 2022 e 3% são suspeitas de fraude

Mais de 1.400 irregularidades nos fundos do Portugal 2020 foram comunicadas, até 2022, ao Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF), sendo que 3% são suspeitas de fraude, foi anunciado.

© DR

“No total das irregularidades comunicadas ao OLAF (1.410) até ao final de 2022, 97% não são consideradas suspeitas de fraude”, de acordo com uma infografia elaborada pela Inspeção Geral das Finanças (IGF), Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C) e pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP).

Segundo o documento, no período em análise, o fundo certificado para os fundos Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), Social Europeu (FSE), de Coesão (FC), Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura (FEAMP) e o Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) situava-se em 23.500 milhões de euros e o fundo irregular registava cerca de 109 milhões de euros.

Por ano, os mais significativos no que se refere à comunicação de irregularidades ao OLAF foram 2021, 2016 e 2022, com, respetivamente, 400, 257 e 222.

As irregularidades em causa envolveram 46 milhões de euros em 2021, 18 milhões de euros em 2016 e 11 milhões de euros de fundo em 2022.

A IGF, a AD&C e o IFAP precisaram ainda que uma irregularidade corresponde a um ato que viola as regras europeias, que pode lesar os interesses financeiros da União, enquanto uma fraude é qualquer ato ou omissão “relativos à utilização ou apresentação de declarações ou documentos falsos, inexatos ou incompletos, à não comunicação de uma informação obrigatória ou desvio de fundos para fins diferentes daqueles para que foram inicialmente concedidos”.

Ao OLAF são obrigatoriamente comunicadas as irregularidades que incidem em montantes iguais ou superiores a 10.000 euros de despesa de fundo declarada à Comissão Europeia.

O programa Portugal 2020 (PT 2020) consiste num acordo de parceria entre Portugal e a Comissão Europeia, “no qual se estabelecem os princípios e as prioridades de programação para a política de desenvolvimento económico, social e territorial de Portugal, entre 2014 e 2020”.

Os primeiros concursos do programa PT 2020 foram abertos em 2015.

Últimas de Economia

O índice de preços da habitação aumentou 17,7% no terceiro trimestre, acelerando 0,5 pontos percentuais face aos três meses anteriores, tendo sido transacionados 10,5 mil milhões de euros, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O valor mediano de avaliação bancária na habitação foi de 2.060 euros por metro quadrado em novembro, um novo máximo histórico e mais 18,4% do que período homólogo 2024, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística.
Arrendamentos não declarados, dados incompletos e cruzamentos que falham. A Autoridade Tributária detetou milhares de casos com indícios de rendimentos imobiliários omitidos, num universo onde o arrendamento não declarado continua a escapar ao controlo do Estado.
O Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir o prazo da aprovação das recompras de ações dos bancos a partir de janeiro para duas semanas em vez dos atuais três meses, foi hoje anunciado.
A produtividade e o salário médio dos trabalhadores de filiais de empresas estrangeiras em Portugal foram 69,6% e 44,2% superiores às dos que laboravam em empresas nacionais em 2024, segundo dados divulgados hoje pelo INE.
O subsídio de apoio ao cuidador informal deixa de ser considerado rendimento, anunciou hoje o Governo, uma situação que fazia com que alguns cuidadores sofressem cortes noutras prestações sociais, como o abono de família.
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter os juros inalterados, como era esperado pelos analistas e mercados, segundo foi hoje anunciado após a reunião de dois dias.
Os títulos de dívida emitidos por entidades residentes somavam 319.583 milhões de euros no final de novembro, mais 1.200 milhões de euros do que no mês anterior, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A taxa de juro no crédito à habitação encontradau 4,7 pontos para 3,133% entre outubro e novembro, mas nos contratos celebrados nos últimos três meses a taxa levantada pela primeira vez desde abril, segundo o INE.
Sete em cada 10 jovens dizem não conseguir ser financeiramente autónomos e a maioria ganha abaixo do salário médio nacional, segundo um estudo que aponta o custo da habitação como um dos principais entraves à sua emancipação.