Portugal contente? Estará mesmo?

O país acordou estremunhado com os acontecimentos de ontem: afinal não é todos os dias que alguma coisa abana a pasmaceira que nos caracteriza como nação. Mas o abanão de ontem foi de 10 na escala de Richter.

Os políticos devem ter estado em reuniões non-stop nervosas e com frenesim de alta intensidade. Afinal o PS sempre foi o que já se sabia: um bando de corruptos inigualável. As maiorias absolutas são normalmente antro de meter a mão na caixa registadora, mas esta do PS revelou um apetite insaciável. Nada de novo. O mesmo não se pode dizer da surpreendente demissão do nosso pantomineiro mor.

Quando o maior animal político de todos os tempos desiste e quer sair do palco da enxúndia, a marosca tem de ser da grossa. A partir d’hoje, por razões práticas e de melhor definição do papel do dr. Costa, vou passar a chamar-lhe GOAT (Greatest Of All Times). 

Mas a questão é essa mesmo: estará o GOAT tão morto politicamente como o engenheiro mais famoso do país? Permita-se-me que duvide. Génios ímpares que, entre outras coisas, inventaram a arte de governar sem legitimidade democrática, seguida religiosamente por discípulos em todo o mundo, são como os sempre-em-pé, nunca caem sem dar luta. E ontem, o seu ar compungido e resignado foi mais uma encenação portentosa. A maneira como se dirigiu ao prof. Marcelo, chamando-lhe “sua excelência o senhor presidente da república” não engana. A mim não. O ar de cordeirinho não cola com 8 anos de desrespeito contínuo com que brindou e bandarilhou o presidente da república.

Aqueles que desejam vê-lo a vender flores no Martim Moniz, desenganem-se. O GOAT ainda não decidiu o que vai fazer. Será ele a marcar a pauta da música de opereta rasca deste triste país à beira-mar plantado. Se não fosse assim, não mereceria o título honorífico que acabo de lhe conferir. Não será o presidente dos selfies, esse rapaz frouxo, incapaz de decidir o óbvio. A dissolução final da corja que sobra (a parlamentar) é uma violência para o professor. Não se faz uma desfeita destas. Então desarranja-se assim a vidinha do senhor? Calma que o GOAT resolve. Ainda vem aí o Pedro Maserati para dar um jeito a este despautério. Até porque o rapaz de Aveiro é insuspeito de estar metido em corrupções, era lá possível.

Melhores tempos seguramente chegarão , sobretudo a curto prazo, pois o prof. Marcelo nos surpreendeu com uma determinação que não tem: a convocação de eleições gerais ao menos vão deixar o país trabalhar até lá e depois das mesmas. 

E eis senão que, temos novamente o nosso Goês preferido a proferir uma série de alarvidades somente para salvar a pele. Ele é o tipo que “manda para debaixo do autocarro” os melhores amigos ao denunciá-los exatamente na fase mais sensível das suas vidas: O interrogatório judicial que, entre outras coisas, poderá acabar com as suas vidas. Embora aqui entre nós que ninguém nos ouve, a vida deles já acabou. 

Ele é o tipo que mandaria matar a própria mãe se isso lhe desse a oportunidade (só a oportunidade e não a garantia) de poder voltar a lutar por um lugarzinho no Parlamento. 

Ele é o tipo que agora se mostra muito apaixonado quando há vários anos já se sabe (ouvi dizer de quem sabe) que estão separados e nem na mesma casa vivem) e que a dita “esposa” já tem namorado desde 2017 que, curiosamente, até é amigo do Costa. Deve ser um Lacerda 2.

Ele é o tipo que por onde passou só fez inimigos e os únicos que ainda lhe “lambem as botas” são quem (ainda) recebe algo dele como por exemplo salários, alvíssaras, prebendas, cargos na administração pública e privada etc. Mas mesmo estes já fingem que não o conhecem, não vá o diabo também descobrir de que forma (de joelhos maior parte das vezes) conseguiram essas fantásticas “conquistas” profissionais,

Mais do que a triste figura que o Costa faz como político, está um indivíduo com as características mais desprezíveis do ser humano.

Hoje é um dia triste pois este indivíduo é português. Só mais uma palavra: Limpeza feita

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