Vídeos publicados pela agência noticiosa oficial bielorrussa mostram a chegada de Lukashenko à capital chinesa num avião oficial bielorrusso.
De acordo com a agência, a visita de Lukashenko à China inclui “questões comerciais, económicas, de investimento e de cooperação internacional”.
Lukashenko foi recebido pelo vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Ma Chaoxu.
Isolado na Europa e no resto do Ocidente devido à sua governação autoritária, o governo de Lukashenko voltou-se para parceiros como Pequim e Moscovo.
Em março, o líder bielorrusso visitou Pequim. Na altura, Xi declarou que a amizade entre Pequim e Minsk é “forte e inquebrável”.
Há um ano, o ministro dos Negócios Estrangeiros bielorrusso, Vladimir Makei, anunciou que a Bielorrússia iria reduzir significativamente a presença diplomática nos países ocidentais e aumentá-la na Comunidade de Estados Independentes (CEI), na China e noutras nações.
Durante uma visita a Minsk do então ministro da Defesa chinês, Li Shanfu, o líder bielorrusso disse que China e Bielorrússia “partilham a mesma visão da ordem mundial”.
“Defendemos absolutamente um mundo multipolar, a integridade territorial e a unidade das fronteiras e territórios formados após a Segunda Guerra Mundial”, afirmou o líder bielorrusso.
“Em suma, toda a base na qual a política externa da China está assente é idêntica à nossa. Há mais de 30 anos que apoiamos a China em todas as suas aspirações, porque consideramos a política interna e externa da República Popular da China absolutamente justa e voltada para a resolução pacífica de quaisquer disputas e conflitos”, acrescentou.
A invasão da Ucrânia pela Rússia coincidiu com o rápido deteriorar da relação entre China e Estados Unidos, face a uma prolongada guerra comercial e tecnológica, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do Mar do Sul da China.
Pequim reforçou os laços diplomáticos e económicos com Moscovo e outros países antagónicos à ordem liberal democrática, incluindo Bielorrússia e Irão.
Em Minsk, Li Shanfu prometeu que Pequim vai aumentar a cooperação militar com a Bielorrússia, país aliado da Rússia onde Moscovo está a implantar armas nucleares tácticas.