Borrell critica Orbán por querer cortar apoio e insiste que é preciso aumentá-lo

O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros criticou hoje a visão do primeiro-ministro húngaro de querer acabar com o apoio à Ucrânia, considerando que é o momento de fazer precisamente o oposto.

© Facebook Josep Borrell

“Sei que [Viktor] Orbán está a viajar pelo mundo, visitou o Presidente Macron, foi à Argentina… . É algo que, certamente, vai ser discutido [na reunião de hoje], mas espero que [a Hungria] não quebre a unidade europeia, não é o momento de enfraquecer o nosso apoio à Ucrânia, é precisamente o contrário”, disse Josep Borrell, à entrada para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27, em Bruxelas.

O chefe da diplomacia europeia lembrou que até hoje a UE disponibilizou “mais de 26 mil milhões de euros em apoio militar”, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP), para ajudar a Ucrânia a enfrentar a invasão russa.

E, ao contrário da opinião de uma parte dos Estados-membros, que defendem que o apoio devia ser feito bilateralmente, Josep Borrell advertiu que é necessário coordená-lo ao nível da UE.

A Rússia está a intensificar o número de ataques com ‘drones’ desde o início da invasão, em 24 de fevereiro de 2022, mas o chefe da diplomacia europeia contrapôs que Moscovo está com o maior número de baixas desde o princípio do conflito: “É o momento de pôr toda a nossa capacidade de apoio à Ucrânia”.

Por isso, Borrell vai apresentar uma proposta de segurança para aumentar as capacidades do MEAP.

Últimas de Política Internacional

O primeiro-ministro francês, Michel Barnier, prometeu hoje nomear um Governo "na próxima semana", indicando que continua a reunir-se com os partidos políticos e grupos parlamentares desde a sua chegada ao cargo no Matignon.
O candidato presidencial republicano, Donald Trump, classificou na terça-feira a vice-presidente e a sua adversária democrata, Kamala Harris, de “marxista” e acusou-a de não ter planos económicos próprios, copiando políticas do atual Presidente, Joe Biden.

O Governo alemão decidiu tomar medidas e anunciou que vai retomar o controlo de todas as suas fronteiras, confirmou uma fonte do governo à agência Reuters. A decisão das autoridades, de apertar as restrições à imigração ilegal e aos pedidos de asilo, ocorreu após um ataque terrorista, em Solingen, na Alemanha. O autor do ataque […]

Um grupo de 45 Estados-membros das Nações Unidas, entre os quais Portugal, instaram hoje a Venezuela a “pôr fim à onda de repressão contra opositores políticos e manifestantes”, durante uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
O debate entre Kamala Harris e Donald Trump, marcado para 10 de setembro em Filadélfia, no estado crítico da Pensilvânia, vai focar-se nos temas da economia, imigração e aborto e terá consequências no estado da corrida.
O antigo primeiro-ministro italiano Mario Draghi defendeu hoje, no seu aguardado relatório, uma emissão regular de dívida comum na União Europeia (UE), como aconteceu na covid-19, e um investimento maciço em defesa, propondo uma nova estratégia industrial comunitária.
O ex-candidato presidencial da oposição na Venezuela, Edmundo González Urrutia, afirmou hoje que a sua saída do país rumo ao asilo em Espanha "esteve rodeada de episódios, pressões, coações e ameaças".
O avião da Força Aérea Espanhola que transportou o candidato da oposição às eleições presidenciais da Venezuela Edmundo González Urrutia aterrou na Base Aérea de Torrejón de Ardoz, em Madrid, por volta das 16:00 (hora local).
A Espanha concederá "naturalmente" o asilo político ao candidato da oposição às eleições presidenciais da Venezuela Edmundo González Urrutia, afirmou hoje o chefe da diplomacia de Madrid, José Manuel Albares, à televisão espanhola.
O lusodescendente Paulo Pinto, membro ativo da Alternativa para a Alemanha (AfD, direita radical alemã) em Euskirchen, defende que os partidos tradicionais devem ouvir os eleitores e abandonar o discurso sobre o “cordão sanitário”.