A agência policial europeia informou que a operação — que investigou crimes ambientais, corte ilegal de madeira, contrabando, fraude documental, branqueamento de capitais e evasão fiscal – resultou na apreensão de um carregamento de madeira da Birmânia avaliado em 12.000 euros e de dois contentores marítimos de madeira brasileira avaliados em 67.000 euros.
As pistas obtidas nas 226 fiscalizações realizadas durante a operação — que mobilizou autoridades policiais em Portugal, França, Alemanha, Itália, Países Baixos e Espanha – permitiram ainda a abertura de uma nova investigação criminal.
“O comércio ilegal de madeira é uma prática abominável que envolve a devastação de uma área de floresta equivalente a um campo de futebol a cada dois segundos em todo o mundo. O comércio ilegal de madeira esgota os recursos naturais dos países de origem e tem um impacto direto na desflorestação e, consequentemente, nas alterações climáticas”, observou a Europol.
O comércio ilícito de madeira é uma das atividades criminosas transnacionais mais lucrativas financeiramente, gerando anualmente cerca de quase 6,5 mil milhões de euros.
Diversos tipos de madeira – como teca, pau-rosa, ipê e pernambuco – são muito procurados nos países europeus, onde são utilizados para diversos fins, incluindo a criação de ornamentos e construção em geral.
Grupos criminosos organizados mascaram a origem da madeira através da falsificação de documentos e de suborno para conseguir passar os controlos aduaneiros, pelo que este crime inclui numerosos crimes ambientais, exploração madeireira ilegal, contrabando, fraude documental, branqueamento de capitais e evasão fiscal.
A operação foi coordenada pela Europol, com sede em Haia, e mobilizou as autoridades policiais de vários países europeus e de fora da UE, envolvendo diretamente as forças policiais do Brasil, Costa Rica e Panamá.