Papa pede aos intervenientes nas guerras que escutem “a voz da consciência”

O Papa Francisco pediu hoje aos que têm "interesses" nas guerras que "escutem a voz da consciência" no final do ano e tenham "a coragem" de se questionar sobre quantas vidas se perderam nesses conflitos.

© D.R.

 

“No final do ano, tenhamos a coragem de nos perguntar quantas vidas foram ceifadas pelos conflitos armados, quantos mortos, quanta destruição e sofrimento ou quanta pobreza”, apelou o pontífice depois de rezar a oração do Angelus na janela do Palácio Apostólico, acrescentando: “Quem tem interesse nestes conflitos deve ouvir a voz da consciência”.

O Papa já tinha lamentado a onda de violência que abalou a Nigéria neste Natal e pediu a Deus que livrasse o país “destes horrores” e recordou “os martirizados” povos da Ucrânia, de Israel, da Palestina e do Sudão, pedindo também para não se esquecer os Rohingya, o grupo étnico muçulmano de Myanmar sujeito a perseguição e assédio.

Durante a mensagem do Angelus, o Papa Francisco questionou igualmente os pais se na sua vida quotidiana “encontram tempo” para brincar com os filhos.

“Pergunto-vos, pais e mães, se encontram tempo para brincar com os vossos filhos ou para os levar a passear. Ontem falei com uma pessoa ao telefone e perguntei-lhe onde estava. Ela respondeu-me que estava na rua com os filhos. É uma bela paternidade e maternidade”, declarou.

Francisco refletiu sobre esta questão antes da oração do último Angelus e no último dia do ano, em que a Igreja Católica celebra a Sagrada Família, e recomendou que se guarde “a capacidade de se maravilhar” para que as relações familiares possam ser positivas.

“A capacidade de se maravilhar pode ser um segredo para se dar bem na família, não se habituar à normalidade das coisas”, aconselhou da janela do Palácio Apostólico aos cerca de 20 mil fiéis que o escutavam da Praça de São Pedro, segundo dados da Gendarmaria do Vaticano.

Francisco disse que “é bom que os casais saibam surpreender-se com o seu próprio cônjuge, por exemplo, pegando-lhe na mão ou olhando-o nos olhos por um momento, à noite, com ternura”.

Últimas do Mundo

O mundo avança a um ritmo insuficiente para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, concluiu um relatório da ONU hoje divulgado, mostrando que apenas 35% das metas registaram progressos moderados.
A ONU considera "altamente improvável" erradicar a pobreza extrema até 2030 devido à lenta recuperação dos impactos da pandemia da covid-19, à instabilidade económica, aos choques climáticos e ao crescimento lento na África Subsaariana, segundo um relatório hoje divulgado.
A OpenAI está a adiar o lançamento do seu próximo modelo de Inteligência Artificial (IA) de código aberto devido à necessidade de testes de segurança adicionais e de "revisão de áreas de alto risco".
Torre Pacheco, em Múrcia, viveu três noites de tensão após a agressão violenta a um idoso de 68 anos por dois jovens imigrantes. O vídeo do ataque tornou-se viral e gerou uma onda de protestos e distúrbios na cidade. O reforço policial evitou novos confrontos no fim de semana.
Mais de dois mil sismos atingiram um grupo de pequenas ilhas no sudoeste do Japão em pouco mais de três semanas, indicou, esta segunda-feira, a Agência Meteorológica do Japão.
A compra do sistema 'Iron Dome' faz parte da estratégia da Roménia para reforçar a segurança nacional e o contrato, avaliado em 1,6 mil milhões de euros, deverá estar concluído este outono.
A Rússia manifestou hoje o seu apoio a uma terceira ronda de negociações com a Ucrânia, embora tenha acusado Kyiv de "não ter pressa", após os últimos contactos entre as partes no início de junho, em Istambul.
O exército israelita matou dois jornalistas na Faixa de Gaza, incluindo os três filhos e a mulher de um deles, informaram hoje fontes locais, elevando para mais de 230 os trabalhadores dos 'media' assassinados desde outubro de 2023.
O Presidente norte-americano anunciou que os EUA vão enviar sistemas de defesa antiaérea Patriot para a Ucrânia, num momento em que as relações entre Donald Trump e o homólogo russo mostram sinais de deterioração.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje a pretensão de reforçar até 2027 o orçamento da Defesa com 6,5 mil milhões de euros, para totalizar 64 mil milhões de euros.