Milhares de elementos da PSP e GNR esperados hoje em Lisboa em manifestação

Milhares de polícias da PSP e militares da GNR de todo o país são esperados hoje em Lisboa numa manifestação por melhores condições salariais, exigindo um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.

© Facebook\ aspppsp

 

Os polícias da PSP e militares da GNR estão há mais de duas semanas em protestos por todo o país, mas a manifestação de hoje, que se realiza a partir das 17:30 entre o Largo do Carmo e a Assembleia da República, pretende ter maior visibilidade, numa ação organizada por uma plataforma dos sindicatos da Polícia e associações da Guarda.

Segundo a plataforma – composta por sete sindicatos da Polícia de Segurança Pública e quatro associações da Guarda Nacional Republicana e criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança -, a manifestação de hoje surge na sequência “da luta pela dignificação das carreiras da PSP e GNR, que os sindicatos e associações consideram que têm sido desconsideradas pelo Governo, com a ‘machadada final’ a ser a secundarização da PSP e GNR na atribuição do suplemento de missão da PJ”.

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), um dos sindicatos que faz parte da plataforma, disse à Lusa que a manifestação vai ter uma grande adesão, o que será “bem demonstrativo do estado de indignação dos polícias”.

“Desde a altura da escadaria [em 2013 os polícias invadiram as escadas do parlamento] que não me recordo de uma mobilização com tanta visibilidade”, disse Paulo Santos, estimando mais de 10 mil polícias na manifestação de hoje.

Também o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) disse à Lusa que “possivelmente será a maior manifestação a nível de mobilização que já aconteceu”.

“Não sei o número de autocarros. Na manifestação da escadaria foram cerca de 10.000 (participantes) e a que se realizou a seguir foram cerca de 17.000. Mas esta, pelo menos, pela mobilização de autocarros está mais forte”, disse César Nogueira.

O presidente da APG, que também pertence à plataforma, salientou que a manifestação tem como objetivo exigir que o suplemento atribuído à PJ seja aplicado à PSP e GNR.

“Caso não aconteça, os protestos não vão parar”, disse.

Os protestos começaram por iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, e estão a mobilizar cada vez mais elementos da PSP e GNR em todo país, sendo as iniciativas organizadas através de redes sociais, como Facebook e Telegram.

Os oficiais da PSP vão igualmente marcar presença na manifestação através do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia (SNOP), que faz parte da plataforma, numa situação inédita.

A manifestação deverá também contar com elementos da guarda pessoal, que têm um estatuto equivalente à PSP, e também exigem um suplemento de risco idêntico ao da PJ.

Últimas do País

Os portugueses estão a gastar mais nas férias de verão deste ano face a 2024, segundo o mais recente Barómetro de Viagens da ANAV — Associação Nacional de Agências de Viagens.
A Provedoria de Justiça alertou esta terça-feira para a falta de cumprimento generalizado das obrigações e da legislação sobre o ruído, bem como da fiscalização e monitorização, criticando sobretudo as autarquias.
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia e a Associação dos Profissionais da Guarda pediram, esta terça-feira, à tutela para que retome "com a maior brevidade" as negociações iniciadas no anterior Governo, admitindo avançar com protestos na ausência de respostas.
Uma boia colocada no oceano ao largo de Faro registou temperaturas da superfície do mar “significativamente superiores” à média dos últimos 20 anos, o que indica uma “onda de calor marinha”, informou esta terça-feira, a Autoridade Marítima Nacional (AMN).
Vinte concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Viseu e Guarda estão hoje em perigo máximo de incêndio rural, segundo o IPMA, que prevê um agravamento deste risco nos próximos dias.
A Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex) anunciou hoje que está em contacto com as autoridades portuguesas e que vai investigar o naufrágio que envolveu um barco de patrulha costeira da Polícia Marítima portuguesa.
Disciplina com melhores resultados médios foi Inglês, como 14,1 valores.
A Polícia Judiciária realizou buscas na Polícia Municipal de Loures por suspeitas de corrupção, falsificação de documentos e abuso de poder. A operação incluiu 15 mandados e envolveu cerca de 30 inspetores. Estão em causa práticas ilegais ligadas a contraordenações, horas extra e serviços prestados a privados.
O diretor do serviço de ortopedia do Hospital de Santa Maria, Paulo Almeida, demitiu-se esta terça-feira devido à falta de profissionais para as escalas. Doze ortopedistas recusaram fazer horas extraordinárias. A administração enfrenta várias mudanças e polémicas recentes.
Um imigrante argelino em situação ilegal esteve sete meses a ocupar uma cama no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, mesmo depois de ter alta. Sem documentos e com problemas psicológicos, resistiu à detenção policial. Foi finalmente detido e encaminhado para centro temporário no Porto.