CCP critica ausência de uma secretaria de Estado do Comércio e Serviços

A Confederação do Comércio e Serviços (CCP) defendeu hoje a valorização da Concertação Social e criticou a ausência de uma secretaria de Estado do Comércio e Serviços, pelo que irá pedir uma reunião ao ministro da Economia, Pedro Reis.

© D.R.

A CCP dá nota negativa à decisão “historicamente inédita da não inclusão do comércio e serviços na lista das secretarias de Estado” apresentadas na quinta-feira pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que as aceitou.

Para o presidente da CCP, João Vieira Lopes, a decisão é um “retrocesso” e “um sinal político negativo” para estes setores, pelo que a confederação vai solicitar uma reunião ao ministro da Economia, Pedro Reis.

“Esperamos que esta exclusão na nomenclatura das pastas venha a ser, na prática, compensada pelo reconhecimento efetivo da importância destes setores por parte do Ministério da Economia”, refere.

Por outro lado, João Vieira Lopes realça o papel da Concertação Social para a ação do novo Governo.

“Existem as condições de partida para uma legislatura em que seja reforçado o papel dos parceiros sociais em sede de concertação social, como contributo para a estabilidade indispensável ao país, visando o crescimento económico e o aumento do rendimento das famílias”, disse, citado em comunicado.

A confederação defende um alargamento da discussão no âmbito da Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS) “para que seja possível definir um conjunto de matérias-chave com efetivo impacto na competitividade, como a política de remunerações, a fiscalidade e os incentivos ao investimento”.

João Vieira Lopes considera ainda que o Ministério da Economia deve assumir “um papel de interlocutor chave junto das empresas privadas”.

O Presidente da República aceitou na quinta-feira a lista de 41 secretários de Estado proposta pelo primeiro-ministro para o XXIV Governo.

A posse dos secretários de Estado está marcada para hoje, às 18:00, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.

O primeiro-ministro e os 17 ministros do XXIV Governo Constitucional tomaram posse na terça-feira.

Últimas de Economia

O excedente da balança comercial de bens externa da zona euro abrandou para os 16,4 mil milhões de euros em novembro de 2024, face a 18,2 mil milhões de euros no período homólogo, divulga hoje o Eurostat.
Os novos créditos ao consumo somaram 714,7 milhões de euros em novembro passado, uma subida de 5,7% em termos homólogos mas menos 6% face a outubro, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A Agência Internacional de Energia (AIE) reviu em alta a previsão da procura mundial de petróleo no último trimestre de 2024, principalmente porque o início do inverno foi mais frio em muitas regiões do hemisfério norte, mas não teme problemas de escassez.
O cofundador e presidente do gigante chinês do comércio eletrónico Alibaba, Joe Tsai, advertiu hoje, em Hong Kong, que as empresas chinesas enfrentam o ambiente geopolítico mais adverso das últimas décadas.
O grupo aéreo IAG manifestou ao Governo português interesse numa participação maioritária na TAP ao longo do tempo, caso avance para a compra, uma decisão que vai depender das condições impostas pelo Estado.
As rendas das casas não param de subir e o valor médio pago por metro quadrado subiu quase 7% ao longo do ano passado, tratando-se do maior aumento dos últimos 30 anos, de acordo com dados divulgados na segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No global, a inflação recuou para 2,4%, depois dos 4,3% registados em 2023.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) recebeu 800 pedidos de clientes para créditos à habitação com garantia pública, disse o banco público hoje no parlamento.
O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse hoje, no Parlamento, que o banco público não vai fechar qualquer agência em 2025 e 2026 e que a prioridade é dar meios aos clientes para a inclusão digital.
Os proveitos totais e os proveitos de aposento do alojamento turístico aumentaram 11,0% até novembro, em termos homólogos, para 6.355,6 e 4.905,6 milhões de euros, respetivamente, sobretudo impulsionados pelas dormidas de não residentes.
A EDP anunciou hoje a emissão de dívida 'verde' sénior no montante de 750 milhões de euros, com vencimento em julho de 2031 e cupão de 3,5%, segundo um comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).