Os polícias não esquecem!

O PSD parece agora muito preocupado com as forças de segurança, mostrando-se disponível para conversar, ouvir e fazer cumprir as suas reivindicações.

O objetivo é só um: ganhar pontos eleitorais, pois Luís Montenegro sabe que as Europeias de junho vão ser um teste para a sua liderança e também sabe que vai perder, pois será o CHEGA o grande vencedor do próximo sufrágio a nível nacional.

Convém, contudo, lembrar que o único partido que esteve sempre, sempre, ao lado das forças de segurança foi o CHEGA. Desde 2019 que temos apresentado propostas no Parlamento com vista à melhoria das suas condições de trabalho, bem como das suas condições salariais.

Sempre que os polícias saíram à rua, o CHEGA foi o único partido que não teve medo de dar a cara, mostrando o seu apoio incondicional.

Montenegro, que agora se mostra disponível para atribuir o subsídio de missão a todas as forças de segurança, foi o mesmo que em fevereiro criticou os protestos que os polícias levaram a cabo em diferentes zonas do país em simultâneo.

Luís Montenegro disse e passo a citar: “Não é aceitável que se ultrapasse o limite a partir do qual as pessoas têm medo de andar na rua”, referindo-se aos protestos dos polícias.

Alguém tem de dizer a Montenegro – e eu assim o faço – que o que não é aceitável é um elemento das forças de segurança passar fome porque o salário não chega para as despesas; o que não é aceitável é os elementos das forças de segurança passarem frio nos locais de trabalho porque as esquadras e postos são antigos e não sofrem obras de remodelação há décadas; o que não é aceitável é os guardas prisionais serem constantemente alvo de agressões nas cadeias; o que não é aceitável é as forças de segurança correrem risco de vida e serem ‘premiadas’ com processos disciplinares quando são obrigados a usar a arma.

O que não é aceitável é as forças de segurança serem sempre os maus da fita, quando na verdade são os heróis: são os heróis que o país precisa, mas que o Estado não merece. Sim, este Estado não os merece, porque prefere pagar indemnizações de meio milhão de euros a alguma executiva de uma empresa pública ao invés de investir no reforço salarial das forças de segurança.

Da nossa parte é certo e claro: vamos estar sempre ao lado das polícias e vamos sempre escolher a sua valorização salarial e profissional em detrimento de dirigentes de empresas públicas que pouco ou nada fazem que justifique os balúrdios que levam para casa todos os meses.

Os polícias não esquecem que os sempre defendeu!

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